A China planeja salvaguardar a cultura da etnia Qiang, que foi ameaçada pelo sismo, na província de Sichuan, sudoeste do país.
O plano da construção da região de proteção cultural para a nacionalidade Qiang será entregue ao Conselho de Estado dentro de uma semana, disse o vice-ministro da Cultura, Zhou Heping.
"A cultura da etnia Qiang sofreu um golpe fatal no grande terremoto ocorrido em 12 de maio", afirmou Zhou à Xinhua.
O plano está quase completo e falta apenas acertar alguns detalhes.
O projeto visa a restaurar e reconstruir as instalações culturais, vilas, construções e jardins. Relíquias e documentos serão preservados e peritos em cultura terão um espaço enorme para renovar as tradições e festivais de Qiang.
De acordo com o plano, novos livros e vídeos serão publicados para apoiar a língua de Qiang na região do projeto. As técnicas de alfaiamento, artes e cozinha serão exploradas para o futuro desenvolvimento.
O projeto também especificou maneiras para proteger especialistas culturais e relíquias de Qiang.
Com uma história de três mil anos, Qiang é uma das etnias mais antigas na China. A população é de 300 mil pessoas, 80% vivendo nas áreas afetadas pelo terremoto, distritos de Maoxian, Wenchuan, e Beichuan.
No tremor, dois museus foram destruídos, mas as relíquias de um deles poderão ser preservadas em Beichuan e Maoxian, onde mais de 400 relíquias e documentos foram soterrados.
Todas as casas na vila de Luobo, zona residencial histórica de Qiang em Wenchuan, foram destruídas. A tragédia também atingiu centenas de casas típicas, obras e pontes nos distritos de Beichuan, Maoxian, Lixian.
Mais de 30 mil moradores da nacionalidade Qiang morreram no desastre, 40 deles eram especialistas em cultura.
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