Os arqueólogos encontraram cerca de 1,5 mil relíquias culturais em 18 locais de construção de instalações olímpicas, informou a Administração Municipal de Patrimônio Cultural de Beijing.
"A proteção ao patrimônio cultural sempre liderou a agenda de Beijing, cidade com mais de 3 mil anos de história de desenvolvimento urbano", disse o diretor da administração Kong Fanzhi durante uma entrevista coletiva realizada terça-feira na capital chinesa. A cidade "conta com um patrimônio cultural abundante, tanto sobre a superfície como no subterrâneo".
A capital intensificou a proteção do patrimônio depois de ter ganho, em 2001, o direito de sediar os Jogos Olímpicos.
Kong assinalou que as instalações foram construídas, principalmente, entre o trechos nortes do Quarto e Quinto Anéis Rodoviários, onde os locais culturais patrimoniais não são tão abundantes como nas zonas mais antigas da cidade.
Kong acrescentou que inicialmente, o "Cubo d'Água" ou Centro Aquático Nacional, foi desenhado para ser construído no mesmo eixo que o "Ninho de Pássaro", ou Estádio Nacional, mas foi deslocado 100 metros a oeste do local original para proteger um templo antigo.
O governo municipal também renovou lugares patrimoniais nas áreas ao redor das instalações olímpicas.
Kong assinalou que o governo de Beijing aumentou o investimento em patrimônio cultural. Desde o ano 2000 investiu 100 milhões de yuans (US$ 14,3 milhões) por ano na proteção ao patrimônio, um forte aumento, em comparação com um milhão de yuans (US$ 143 mil) por ano antes de 1990.
Beijing também melhorou leis e regulamentos para proteger os "hutongs", ou becos, e a cara antiga da cidade. Também renovou a Cidade Proibida, o Palácio do Verão e outros lugares para manter sua autenticidade e integridade, disse.
Nos últimos anos, Beijing renovou 139 locais culturais de nível municipal ou mais importantes. A área total de renovação foi de cerca de 500 mil metros quadrados.
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