Bai Juyi - 772-846
Nasceu em Taiyuan, na província de Shanxi. Bai Yuyi, com a idade de cinco ou seis anos, começou a interessar-se por escrever poemas. Com nove anos, percebia os segredos da rima. Aos quinze ou dezesseis anos, dominava o sistema do concurso. Estudou com ardor e candidatou-se, muito jovem, ao exame imperial, com o intuito de obter um cargo na corte.
No tempo da dinastia Tang (618-907) realizava-se, uma vez por ano, o exame imperial, de que Bai Juyi participou.
No início, elogiava a corte imperial, mas, mais tarde, criticou os costumes e os hábitos do seu tempo e por esse motivo foi caluniado e expulso da capital. Posteriormente, chamaram-no para ser prefeito de Henan.
Os temas dos poemas de Bai Juyi são bastante variados e, por vezes, realistas. A sua linguagem poética é simples e natural. Diziam que ele lia os poemas à criada e destruía todos aqueles que ela não percebesse. Foi um poeta de estilo popular.
Adotava dois princípios importantes: primeiro, tornar a sua poesia facilmente compreensível para as pessoas que a escutavam; e segundo, descrever a situação real da sociedade, a miséria e a infelicidade do povo.
Ervas sobre a planície antiga
Uma cantiga de despedida
Aqui e ali, na planície, surgem ervas,
Cada ano, uma vez, morrem e crescem.
Os fogos selvagens não conseguem tudo arder...
No sopro do vento da primavera, renascem outra vez.
A fragrância longínqua penetra a via antiga,
Um feixe de esmeraldas junto da cidade em ruínas.
Acompanhando, outra vez, a partida do príncipe real,
Ervas, luxuriantes, estão cheias do sentimento da despedida.
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