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Pintura do Ano Novo de Gaomi
2008-07-28 08:44:03    cri

Na cidade de Gaomi, na província de Shangdong, no leste da China, existe uma arte com cinco séculos de história. Chama-se pintura do Ano Novo Puhui. Era um produto comercial bem procurado na antigüidade, mas vinha caindo em decadência. Nos últimos anos, a arte voltou a brilhar com os esforços dos artistas locais. 

A cidade de Gaomi, com uma história de mais de 2.200 anos, acumulou um grande acervo cultural, inclusive estátuas feitas de barro, papel recortado e pinturas do Ano Novo Puhui. Em 2006, a pintura Puhui foi tombada na primeira lista de patrimônios imateriais nacionais.

A pintura do Ano Novo é uma arte típica chinesa. Pela passagem do Ano Novo, os chineses costumam comprá-las e colá-las nas portas ou salas, expressando bons votos para a vida no ano seguinte. Ao longo da sua evolução, diferentes escolas de produção de pinturas do Ano Novo se formaram. Cada uma tem seu próprio estilo e característica artística.

 

Quanto ao surgimento da pintura Puhui, existem muitas lendas entre a população local. Segundo a nativa Liang Hui, funcionária do Museu de Gaomi, ela se originou da pintura Zuying (pintura de linhagem familiar, em tradução livre), por volta do século XIII. Ela disse:

"A pintura Zuying surgiu na dinastia Yuan ou mais cedo. Ela registra linhagens familiares, sendo recordista em termos de complexidade de produção, custo e de tamanho entre todas as pinturas do gênero".

Para o responsável pela Casa Cultural de Gaomi, Wang Dong, a pintura Puhui só se popularizou durante a dinastia Qing.  

"Segundo anais do antigo distrito Gaomi, a pintura do Ano Novo Puhui já era parte importante da vida cotidiana da população local durante o reinado dos imperadores Kangxi e Qianlong".

Para Wang, como outras pinturas do Ano Novo, a Puhui mostra expressões artísticas de diferentes períodos. Gaomi reunia, durante certa época, um grande número de lojas onde se vendia pintura Puhui. Comerciantes de todo país vinham ao local para levar obras ao sul e ao nordeste.

A confecção de Puhui emprega ramos de salgueiro queimados para fazer os esboços. O acabamento da obra é feito com pincéis. O vice-presidente da Associação de Pintores de Shandong, Shan Yinggui, disse:  

"O emprego de ramos de salgueiro faz da Puhui uma arte única em toda a China".

A arte Puhui se dividiu em duas escolas quando chegou ao auge da popularidade. A primeira escola utiliza as cores branca e preta, absorvendo elementos da pintura tradicional chinesa. A outra se representa com mais cores, satisfazendo o gosto da população comum. O professor da Academia Central de Arte, Pu Songnian, disse:

"A Puhui tornou a pintura tradicional chinesa mais popular. Suas expressões são bem recebidas pelos camponeses".

 

A partir da década de 1930, a produção de pintura Puhui começou a viver sua decadência. A alta tecnologia de impressão invadiu o setor e o poder aquisitivo também caiu bastante devido a guerras constantes. O aldeão da vila Lixian Zhang Chuhua, artesão da pintura Puhui, disse:  

"A pintura Puhui existe há centenas de anos. Sua prosperidade depende do gosto da população".

Com o desenvolvimento econômico das últimas duas décadas, as pinturas de Ano Novo Chinês passaram a ser as favoritas dos colecionadores nacionais.

Em Gaomi, o governo e organizações populares reforçaram a divulgação e a proteção da pintura Puhui. O diretor da Administração da Cultura de Gaomi, Guo Yanxing, se comprometeu a levar adiante o trabalho.

"Juntamos especialistas para fazer pesquisas e o resgate da pintura Puhui. Já entrou na última fase a compilação do volume sobre pinturas de Ano Novo Chinês de Gaomi".

A promoção de exposições e simpósios é outra medida tomada pelas autoridades locais. Algumas escolas até incluem a arte em seus currículos de ensino.

Em comparação com outros patrimônios imateriais, a transmissão da pintura Puhui deve ocorrer com mais facilidade graças à existência de um grande número de artesãos. Para o professor Pu Songnian, a arte não pode ser isolada dos seus divulgadores.

"Os artesãos fazem a pintura Puhui mais vívida. Em comparação com aquelas peças que só podem ser vistas em museus, a pintura Puhui ainda vive entre a população local".

 
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