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Lu Dongzhi, diretor do Museu da Civilização da Antiga Olaria
2008-05-26 14:05:01    cri

Em funcionamento há onze anos, o Museu da Civilização da Antiga Olaria, fundado por Lu Dongzhi, integra a lista dos primeiros museus privados na parte continental chinesa. Passada uma década, Lu Dongzhi continua seguindo o seu caminho, confiante em si mesmo. 

Localizado num beco tranqüilo no sul da Capital chinesa, o museu de Lu Dongzhi fica num prédio de arquitetura tradicional chinesa. Comparado com os parques cheios de visitantes ao lado, o museu parece um cantinho esquecido. Mas Lu não se incomoda. Ele está determinado a persistir no caminho solitário.

"Persistir no meu caminho solitário é meu jeito de fazer as coisas. Sei que sou muito teimoso, mas acho que isso me mantém na direção correta. Há muitos casos como o meu ao longo da história. Desde a Antigüidade, muitas coisas se tornaram realidade graças à perseverança de alguns indivíduos. Para sustentar um museu tão específico como o meu, é necessário um discernimento básico sobre a cultura", disse Lu.

 

De todos os museus individuais do país, o de Lu Dongzhi é o que reúne a maior coleção de olaria antiga. O acervo com cerca de 3.000 obras mostra a história completa da olaria chinesa, desde peças de barro colorido feitas há milênios a cerâmicas da dinastia Tang, no século X.

Em 1997, o país autorizou a abertura de seus primeiros quatro museus individuais. O museu de olaria de Lu Dongzhi é um deles. Ele lembra que no dia da inauguração, sua coleção surpreendeu especialistas do setor.

"No dia da inauguração, muitos especialistas estavam presentes. Eles ficaram surpreendidos. Tinha 35 anos naquela altura. Eles não imaginavam que um indivíduo pudesse montar um museu com tanto profissionalismo. De fato, não foi fácil concretizar tudo isso", frisou Lu Dongzhi.

Lu Dongzhi conseguiu os conhecimentos profissionais sobre coleção graças ao enorme interesse pela cultura tradicional chinesa e à sua perseverança.

No final dos anos 1970, quando o acesso às universidades foi reaberto a milhares de jovens chineses após uma década de interrupção causada pela Revolução Cultural, Lu Dongzhi não conseguiu uma vaga devido a uma doença cardíaca. O fato foi um golpe duro mas, em vez de se dar por vencido, ele decidiu ser autodidata.

"Sou uma pessoa muito determinada. Diante daquela situação, não me restava outra saída a não ser a dedicação individual. Produzia poemas, caligrafias e pinturas, e andei visitando professores famosos da cidade em busca da sua orientação. Foi uma experiência inesquecível", disse Lu.

Neste processo, Lu Dongzhi conheceu mestres como o famoso pintor Ouyang Zhongshi e o poeta Xiao Lao. Com a ajuda deles, ganhou vários prêmios de caligrafia e literatura. Aos 23 anos, já integrava a Sociedade Chinesa de Escritores. Foi admitido logo em seguida pela Universidade do Noroeste da China, localizada na cidade de Xi´an.

Capital da província de Shaanxi, no oeste da China, Xi´an é uma das cidades mais antigas do país e concentra grande número de patrimônios culturais. Atraído pela forte atmosfera criada pela cultura tradicional, Lu Dongzhi dedicou todo seu tempo e entusiasmo à coleção de peças arqueológicas.

Com a adoção da política de reforma e abertura e o crescimento da economia nacional, a coleção de relíquias culturais ganhou popularidade no fim dos anos 1980. Lu Dongzhi, mergulhado no trabalho, transformou sua casa de menos de vinte metros quadrados em um "depósito de relíquias culturais". A olaria antiga já era o foco da sua coleção.

A olaria chinesa possui uma longa história. Há 8.000 anos, os chineses começaram a produzir utensílios de barro na bacia do Rio Amarelo. As técnicas de queima e produção evoluíram fazendo da arte de trabalhar a argila uma parte importante da civilização chinesa. A partir da dinastia Tang, as peças de barro foram gradualmente substituídas por cerâmicas e porcelanas.

"A coleção de obras de barro não é tão popular, mas decidi seguir o caminho. Acredito que meus esforços neste campo têm alto valor acadêmico e histórico", disse Lu.

No dia 15 de junho de 1997, o museu de Lu foi aberto ao público. Financiado apenas pela renda individual, o funcionamento do museu está aquém do satisfatório. Lu assegurou, no entanto, que o local não é um investimento com fim lucrativo, mas sim um espaço para abrigar uma velha paixão.

"A persistência de duas décadas resultou neste museu, a maior obra da minha vida. Acho que vou me dedicar o tempo todo a ele", disse o colecionador chinês.

Lu leva uma vida simples e, no cotidiano, fica mergulhado na pesquisa sobre a antiga arte da olaria.

 
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