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China divulga primeira lista de livros antigos preciosos
2008-05-23 10:35:56    cri

Mais de dois mil livros antigos foram selecionados para integrar a lista nacional de obras preciosas. O número, apesar de ser apenas pequena parte do volume total que o país possui, tem um significado importante para a divulgação, proteção e utilização dos livros antigos chineses. 

Os livros considerados antigos são aqueles escritos ou publicados antes de 1912, fim da última dinastia feudal chinesa. Segundo estatísticas preliminares, as bibliotecas públicas do país têm cerca de 30 milhões de volumes desse tipo. Para os acadêmicos, esses livros divulgam a história e a cultura chinesa, sendo considerados como raízes da nação.

A lista foi organizada pelo Ministério da Cultura e levou um ano para ser concluída. Entre as 2.383 obras integrantes, 117 são escritos em sedas, 73 pertencem às inscrições lapidares, 111 livros são escritos em línguas de minorias étnicas e o restante é todo na língua da etnia han. As autoridades divulgaram também o primeiro grupo de "entidades para a proteção de livros antigos", que inclui cinqüenta museus e bibliotecas.

Segundo o diretor do Centro Nacional para Proteção de Livros Antigos, Zhan Furui, a China possui um grande número de obras deste tipo e a elaboração da lista é o projeto inicial para uma proteção plena e sistemática.

"A divulgação da lista para a proteção de livros antigos visa a despertar a atenção de toda a sociedade. Nossos antepassados deixaram um grande número de patrimônios materiais e imateriais. Muitos livros antigos se perderam com o passar do tempo. O projeto aprovado pelo Conselho de Estado pretende criar boas condições para a recuperação e a proteção dos livros antigos".

Na última década, com o desenvolvimento da economia, tanto o governo quanto o público têm prestado mais atenção à proteção da cultura tradicional. Exemplares das obras clássicas confucionistas de dois mil anos atrás, tais como Analectos de Confúcio e Dao De Jing, são bem vendidos no país. O "estudo de Estado" que tem como objetos de pesquisa a história e a cultura tradicional chinesas vem crescendo na esfera nacional.

Já em 2002, o Ministério da Cultura lançou um projeto para a reprodução de livros antigos utilizando alta tecnologia de impressão com processos fotomecânicos. O especialista em proteção e pesquisa de livros antigos Li Zhizhong assumiu a diretoria da Comissão para Reprodução de Livros Antigos. Para ele, há uma disparidade grande entre a situação de proteção e o valor acadêmico de diferentes obras. Sob o atual contexto de capacidade financeira e recuros humanos, a prioridade às obras com exemplar único é o meio viável para o trabalho.

"De acordo com as estatísticas das autoridades, existem agora cerca de 50 mil obras com valor acadêmico extremamente alto. Selecionamos 1.400, cuja data varia entre dinastias Tang, Yuan, Ming e Qing. O trabalho possui valor significativo para o setor acadêmico".

Conforme Li Zhizhong, as reproduções dos livros selecionados terão anexos sobre o currículo do autor e análises sobre diferentes edições, que devem exibir os resultados de pequisas mais recentes sobre cada livro, conferindo um alto valor acadêmico à reprodução.

O especialista na recuperação dos livros antigos Zhang Zhiqing disse que a utilização dos meios digitais é inevitável para desenvolver o trabalho. A informatização e a digitalização das bibliotecas e do setor editorial permitem ao público e aos acadêmicos o acesso aos livros antigos preciosos. Zhang Zhiqing explicou:  

"A proteção técnica desses patrimônios antigos é, sem dúvida, muito importante. Ao mesmo tempo, devemos aproveitar os meios digitais para explorar ao máximo estes recursos".

Graças às altas tecnologias, muitos museus abriram espaços exclusivos para apresentar livros antigos chineses. Mais de 40 mil cópias decalcadas dos livros antigos foram colocadas à disposição online com a digitalização. Assim, os leitores têm acesso fácil às obras que raramente eram emprestadas no passado.

Apesar de tudo isso, a falta de profissionais para recuperação de livros antigos constitui um gargalo para o andamento do trabalho. O país possui apenas algumas centenas de profissionais no setor, número pequeno se comparado ao dos livros antigos. Além disso, a criação e o treinamento de recursos humanos só podem ser feitos com metodologias tradicionais. Em 2007, o Centro Estatal para Proteção de Livros Antigos realizou 4 treinamentos que envolveram 150 pessoas, mas isso ainda é pouco para atender à demanda nacional.

O especialista Zhang Zhiqing falou da função das bibliotecas.

"A Biblioteca Nacional e a Biblioteca de Shanghai possuem laboratórios com equipamentos sofisticados. Mas o país ainda é fraco tecnologicamente para enfrentar perigos para os livros antigos, como pestes de insetos no sul e pó no norte".

 
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