Encerrou-se a temporada inaugural de apresentações do Teatro Nacional da China. Durante quase quatro meses, grupos artísticos nacionais e internacionais trouxeram espetáculos fantásticos. Após a celebração, a futura função da maior obra teatral da China despertou também a atenção de profissionais e espectadores.
No começo de abril, a ópera clássica francesa, O Rei de Ys, entrou no palco do Teatro Nacional para encerrar a temporada inaugural. A ópera, dirigida pelo renomado maestro Michel Plasson, recriou a cena de "inundação do país" com 13 toneladas de água caindo no palco. A peça foi exibida poucas vezes desde sua estréia devido à dificuldade técnica para a apresentação. Para Michel Plasson, sua exibição na China é de grande significado.
"Apresentar O Rei de Ys na China é uma coisa maravilhosa! A peça estreou em 1888 e este ano, 2008, os chineses a reinterpretaram. É uma data digna de celebrações"!
Do Natal ao Ano Novo do ano passado, o Teatro Mariinsky, da Rússia, foi convidado como primeiro grupo artístico estrangeiro a se apresentar no Teatro Nacional, com a peça Príncipe Igor. O teatro russo mobilizou 500 pessoas do canto lírico, do corpo de baile e da orquestra sinfônica, formando sua maior delegação de visita à China. Em onze dias de exibição, espectadores chineses apreciaram os clássicos Lago dos Cisnes e O Corsário. Segundo o chefe da delegação russa, maestro Valery Abissalovich Georgiev, eles recusaram o convite de outro país para celebrar a inauguração do Teatro Nacional.
"De fato, é muito raro poder apreciar óperas e balés do Mariinsky num mesmo local. Além disso, nunca saíamos da Rússia durante o período do Ano Novo. Abrimos uma exceção para o povo chinês".
Um dos novos marcos arquitetônicos de Beijing, o Teatro Nacional, situado ao oeste da Praça da Paz Celestial, no centro da capital, é a obra com a maior abóbada do mundo. Desde 22 de dezembro do ano passado, dia em que entrou em operação, o Teatro Nacional recebeu durante sua primeira temporada de apresentações, 51 grupos artísticos de todo o mundo, que trouxeram mais de 80 espetáculos, abrangendo ópera, balé, teatro, música clássica e tradicional, e dança contemporânea, entre outros. Promoveu também 49 atividades para a popularização da arte, com a participação de artistas e acadêmicos.
O supervisor artístico do Teatro Nacional, Chen Zuohuang, avaliou assim a temporada inaugural:
"Esses cem dias foram marcantes em termos do nível artístico que surgiu na China. Recebemos tantos artistas e seja quem for, ficou admirado com a construção da obra e orgulhoso por poder apresentar aqui".
O maestro Seiji Ozawa afirmou que vem acompanhando a construção da mega-obra e já visitou o local há três anos. Ele falou:
"Há dois ou três anos estive aqui. O Teatro Nacional ainda não estava concluído. Foi inimaginável. Sei que os chineses são hábeis em construir mega-obras, como a Grande Muralha. Nunca tinha visto um órgão tão grande".
O diretor da ópera de Taiwan, Li Guoxiu, levou também suas comédias. Ele disse:
"A acústica é fantástica. As emoções e a expressão dos atores são essenciais para interpretar bem uma peça cômica. O que eles falam precisa ser ouvido claramente pelo público. A reação deles explicou tudo. Ficamos muito contentes".
Para a mídia e os críticos nacionais, a continuidade em manter o alto nível de apresentações poderá exibir a característica do Teatro Nacional como o lugar sagrado da área artística do país. O jornalista Hao Hongjie disse:
"O Teatro Nacional é palco para exibição de artes nacionais e internacionais. Aqui você terá oportunidade de conhecer a essência da arte da China e também obras de primeira categoria no cenário mundial".
O supervisor artístico Chen Zuohuang endossou a fala de Hao:
"A temporada inaugural é não apenas uma celebração, mas uma mostra do nível artístico que o Teatro Nacional vai manter. Há um longo caminho para percorrermos até colocar o Teatro entre os de primeira categoria do mundo. Destacaremos a iniciativa e a entrada na operação internacional de mercado".
Segundo Chen, o próximo trabalho de destaque da entidade será a temporada olímpica , período em que serão apresentados 120 peças e 250 espetáculos.
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