Shanghai, a maior cidade chinesa, está promovendo uma renovação dos serviços culturais para enriquecer a vida cotidiana da população.
Esse foi um espetáculo gratuito promovido pelo governo da aldeia de Hongqiao, do bairro Minghang em Shanghai. Através de uma plataforma para prestação de serviços culturais, as autoridades de Shanghai fornecem à comunidade local espetáculos, palestras e aulas sobre internet, entre outras atividades. Ni Bing, responsável pelo Centro de Serviços Educacionais do Oriente, instituição de serviços sociais subordinada ao governo municipal, disse à nossa reportagem que a elaboração de projetos é baseada no resultado da coleta de opiniões públicas e no lançamento de concurso.
"Conforme o resultado de pesquisa de opinião, lançamos um concurso entre grupos artísticos e ginásios. Organizamos depois especialistas e representantes do público para fazer avaliações", explicou Ni.

Segundo ele, a entidade oferece produtos culturais bem variados.
"Temos DVDs, jornais, periódicos e livros sobre cultura, arte e esporte. Oferecemos ainda exposições itinerantes. Os espetáculos também são bem aceitos", disse Ni.
Até o final de 2007, a entidade de Ni organizou mais de mil espetáculos, entre ópera de Shanghai, ópera Yue, comédias e teatro de bonecos, recebendo 210 mil visitantes. Assistir aos espetáculos no teatro comunitário já virou uma moda entre os moradores locais.
Além disso, a prefeitura municipal de Shanghai convida cientistas e artistas a dar palestras gratuitas através da colaboração com instituições de serviços sociais. Depois de uma palestra chamada "Cultura Lunar da China", do projeto "Palestras do Oriente", o repórter da CRI entrevistou o visitante Yang.
"É a primeira vez que assiste a uma palestra como esta"?
"Não. Já assisti várias. Acho pelo menos dez".
"Vem muita gente aqui?"
"Bastante".
O projeto "Palestras do Oriente" abrange fatos do país e da sociedade de Shanghai, temas relacionados com o desenvolvimento social e individual, temas acadêmicos e artes.
Desde sua estréia em junho de 2004, as Palestras do Oriente acumularam 7.000 apresentações, recebendo 2,7 milhões de ouvintes. Yang elogiou:
"As palestras sem fins lucrativos satisfazem as pessoas que almejam expandir seus conhecimentos".

Com a expansão do uso da internet nos últimos tempos, a instalação de cybershops dentro de condomínios ganhou respaldo do governo municipal. Li Zhiping, presidente da E-Community, empresa responsável pelo projeto, apresentou:
"Os cybershops que instalamos dentro de condomínios têm funções de promover intercâmbios entre moradores. Cada cybershop possui de 30 a 50 computadores. Eles facilitam muito a prestação de serviços públicos via internet".
No momento, Shanghai possui mais de 1.000 cybershops que cobrem condomínios de 19 bairros e distritos. Além de fornecer biblioteca on-line e espaço exclusivo para os menores, os postos abrem cursos gratuitos para os idosos interessados em aprender o acesso e o uso da internet. O responsável por um desses cybershops, Sun Liyun, falou:
"Iniciamos com curso especial para os idosos que não tinham nenhum conhecimento sobre computador ou internet".
Zhang, 67 anos, que estava navegando na internet, falou a nossa reportagem:
"Vejo notícias, principalmente as internacionais. Depois de aprender a acessar a internet, minha vida de aposentadoria se enriqueceu bastante".
O presidente da E-Community, Li Zhiping, se disse otimista com o futuro do serviço.
"Vemos com bons olhos a perspectiva do serviço. Precisamos agora ampliar sua cobertura e aumentar a interação efetiva. Além disso, persistimos nas suas características de não-lucratividade e conveniência".
|