4. Sobre cerimônias rituais:
A essência da cultura da Dinastia Shang consistia nos rituais nas quais as cerimônias de sacrifícios oferecidos aos antepassados são uma importante parte. Por isso, foram encontradas grandes quantidades de registros dessas cerimônias em inscrições, muitas das quais podem comprovar registros posteriores e até preencher muitas lacunas.
(1) Cerimônias de oferendas aos antepassados
Zhouji (Cerimônias periódicas): Trata-se das cerimônias ofertadas aos antepassados em determinados períodos. Num vaso quadrangular Ding da Dinastia Zhou do Oeste, desenterrado em 1981 no distrito de Quwo, na Província de Shanxi, há uma inscrição de 27 caracteres que registra claramente as datas e os dados sobre as cerimônias periódicas daquela época.
Dili (Cerimônias da família imperial de oferendas aos antepassados): As cerimônias da família imperial dedicadas às oferendas aos antepassados tinham sido registradas até com inscrições em ossos da Dinastia Shang. Na Dinastia Zhou, tais cerimônias foram gravadas em pequenos vasos de bronzes Ding, assim como foram encontradas inscrições retratando oferendas aos imperadores mortos, como os imperadores Zhou, Wu e Cheng; no vaso Gui, se vê a inscrição de oferenda ao imperador Zhao; e no vaso grande Gui, as oferendas dedicadas ao imperador pai etc..
Yisi (Cerimônias genéricas de oferendas): Num vaso Gui de Tianwang (servidor) lê-se uma inscrição que registra como Tianwang serviu ao imperador Wu e celebrou as cerimônias de oferendas ao imperador Wen, pai do Wu. Yisi aparece também como Yishi em inscrições.
Além disso, foram registrados termos como Rongji, Yuji, Baoji, Laoji e Yinji etc., as mais diversificadas formas de cerimônias de oferendas da antiguidade chinesa.
(2) Sobre cerimônias rituais militares
Entre as cerimônias rituais militares, a de presentear os prisioneiros são as mais importantes. Segundo os regulamentos de "Zhouli (cerimônias da Dinastia Zhou)", após o término de alguma batalha ou guerra, as tropas tinham de realizar os cerimoniais aos seus prisioneiros onde geralmente o imperador as celebrava. Uma inscrição num pequeno vaso Ding retratou detalhadamente o assunto. Como o vaso tinha sido quebrado, a inscrição com 20 linhas e 290 caracteres foi posteriormente compilada. A cerimônia obedecia à seguinte ordem: primeiro informar o número de capturados, seguido pela sessão de interrogatórios presidida por alguma alta personalidade política; segundo, impor e executar a pena capital aos chefes dos inimigos capturados; por último, oferendar as cabeças dos inimigos aos antepassados. E, no dia seguinte, uma cerimônia para premiar os combatentes com novas armas, em geral.
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