Beijing é uma das mais famosas cidades históricas do mundo e também uma nova metrópole. Neste processo de urbanização, o governo municipal está iniciando a maior restauração de construções antigas do centro histórico da capital chinesa.
A Comissão de Planejamento, a Comissão de Construção e a Administração de Patrimônios Culturais de Beijing divulgaram conjuntamente o programa para a restauração da cidade antiga, que deve absorver um bilhão de yuans em investimentos. Será a maior restauração do gênero no último meio século. O vice-diretor da Comissão de Construção de Beijing, Zhang Jiaming, apresentou:
"A meta para o ano 2008 é restaurar 40 becos tradicionais e reformar 140 casas com pátios, eliminando os riscos de segurança para a moradia e melhorando as condições habitacionais. O trabalho começou, de fato, já no ano passado, e deve ser concluído neste ano".

O bairro histórico de Beijing, situado no centro da atual zona urbana, cobre uma área de 60 quilômetros quadrados e reúne um grande número de becos e casas tradicionais com pátio quadrangular. Estão distribuídas nesta zona, no entanto, as habitações mais antigas da cidade, pondo em risco a segurança dos moradores no local.
O governo muncipal começou, a partir de 2005, a injetar anualmente 580 milhões de yuans na reforma de edifícios em risco no centro histórico de Beijing. O funcionário da Comissão de Planejamento de Beijing, Cao Yuejin, falou:
"O governo municipal desempenha um papel fundamental na proteção e restauração das ruas, casas residenciais e pátios desta área. Ao mesmo tempo, empenhamos-nos no melhoramento das condições de vida dos moradores da região".
De acordo com Cao, a restauração e a reforma efetuadas parcialmente no passado forneceram experiências valiosas.
Para manter, de forma eficaz e completa, o panorama do bairro antigo, as autoridades da Capital elaboraram o programa e as especificações técnicas para a execução do trabalho, segundo os quais, os materiais utilizados e os métodos empregados devem seguir o padrão original adotado na Antigüidade chinesa. Os materiais novos serão usados na consolidação da base ou nos alicerces das construções. Ainda segundo Zhang Jiaming, vice-diretor da Comissão de Construção de Beijing:
"A utilização dos materiais, o programa geral da restauração, a contratação dos trabalhadores, bem como a construção de redes de aquecimento e tubulação hidráulica obedecerão rigorosamente aos requisitos estipulados nas especificações técnicas".

As três entidades chinesas responsáveis pelo projeto designaram um grupo formado por dez especialistas para realizar o acompanhamento e a fiscalização das obras. O membro do grupo e especialista na proteção de patrimônios culturais, Xie Chensheng, elogiou a elaboração das Especificações Técnicas. Para ele, as experiências acumuladas por Beijing na proteção da cidade antiga devem ser divulgadas por todo o país.
"Este livro publicado pela prefeitura de Beijing abrange um conteúdo completo, além de ser muito aplicável. Ele inclui as estipulações técnicas e questões que envolvem interesses da população. Acredito que este é um meio muito eficaz e que pode ser considerado como uma estratégia de longo prazo que outras cidades podem adotar".
O diretor da Administração de Patrimônios Culturais de Beijing, Sun Kongsi, manifestou que a restauração da cidade antiga é o destaque do seu trabalho. Segundo ele, desde 2000, o prefeitura de Beijing destinou 930 milhões e angariou 5 bilhões de yuans para a proteção dos patrimônios culturais. Ele disse:
"A preservação do centro histórico de Beijing é um trabalho de longo prazo, pois a cidade possui um grande número de casas tradicionais e becos antigos. A questão vai ser integrada ao futuro planejamento da cidade. A elevação da consciência pública e o aumento do investimento do País criam condições favoráveis ao desenvolvimento do trabalho".
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