O escritor chinês Jiang Rong, ganhador do Man Prize de Literatura Asiática pelo romance Totem do Lobo, entrou no clube de novelistas mais famosos deste país.
Natural da província sulista de Jiangsu, Jiang Rong, pseudônimo do escritor, passou onze anos vivendo nas comunidades nômades das regiões fronteiriças entre a China e a Mongólia, experiência que inspirou o nascimento do livro Totem do Lobo, que conta a vida de um intelectual chinês na vasta pradaria da Mongólia Interior, durante a revolução cultural (1966-1976).
"Levei trinta anos para pensar e outros seis a concluir o livro. Neste processo, pretendi contar uma história que apela à sensibilidade chinesa", declarou o autor.
Totem do Lobo ficou no topo da lista de mais vendidos logo após seu lançamento. Em 2004, foram vendidos um milhão de exemplares. O sucesso tanto de crítica quanto de público converteu Jiang Rong no ganhador da primeira edição do Man Asian Literary Prize, prêmio que tem como objetivo reconhecer as melhores obras da literatura asiática que não tenham sido publicadas em inglês.
Jiang, que atualmente reside em Beijing, não participou da cerimônia de premiação devido a problemas de saúde, mas enviou uma declaração em que se manifestou encantado pela honra.
Para Adrienne Clarkson, presidente do júri do prêmio, Totem do Lobo exibe o panorama da vida na pradaria durante os anos da revolução cultural e levantou a discussão sobre a complexidade das relações entre seres humanos e animais, cultura e natureza.
Financiado pelo grupo Man, empresa de serviços financeiros com sede em Londres, o Man Asian Literary Prize foi criado pelo Festival Internacional Man de Literatura de Hong Kong, Universidade de Hong Kong e Universidade Chinesa de Hong Kong.
Os outros candidatos que disputaram o prêmio são José Dalisay, autor de Soledad´s Sister, Reeti Gadekar, por sua obra Families at Home, Nu Nu Yi Inwa, que produziu Smile as They Bow, e Xu Xi, por Habit of a Foreign Sky.
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