O quinto Festival Internacional de Danças, que está sendo realizado nesta Capital, reúne grupos teatrais e dançarinos de circulação internacional. A dança primitiva da etnia tibetana, Enigma Tibetano, abriu no Teatro Poly o festival.
Você está curtindo agora o Enigma Tibetano. A peça conta a história da peregrinação de uma anciã tibetana, refletindo o cotidiano, as artes folclóricas e os ritos religiosos dos tibetanos. As cenas sobre a colheita de safra, reforma das moradias e do pastoreio ganham forma no imaginário dos espectadores.
Com exceção da famosíssima dançarina Yang Liping, que dá vida à protagonista da peça. O elenco é formado por pastores e artistas populares tibetanos. Sua apresentação cheia de alento agradou o público.
Yang Liping, co-produtora da peça, disse que adora as danças folclóricas, especialmente do Tibet.

"A dança é parte da alma dos tibetanos. Tomamos o palco como campo e as iniciativas vêm da natureza, do cotidiano e da atitude dois tibetanos frente à vida".
Não falta o bom humor criado por artistas na dança Enigma Tibetano. A dança do yaque, por exemplo, mescla elementos de danças modernas, em que os yaques ganham um caráter humano.
Você ouve agora Cinderela, apresentada pelo Royal New Zealand Ballet. Cinderella é um dos programas clássicos do bailado ocidental, sendo também a única produção sobre o conto infantil apresentada durante o festival em Beijing. A versão trazida pelo Royal New Zealand Ballet acrescentou novos meios de apresentação moderna, além de manter a essência da produção original.
Os dançarinos do Royal New Zealand Ballet são conhecidos por sua forte compleição, excelente técnica e estilo particular de apresentação. A cenografia luxuosa também foi marcante para a produção. O projetista artístico, Galy Hurris, dançarino de fama internacional, cooperou em várias ocasiões com o National Ballet of China. Desta vez, além de participar da intensa preparação do festival, proferiu uma palestra para os alunos da Faculdade de Danças da Universidade Normal de Beijing. Ele apresentou a produção Cinderela:
"Trata-se de uma das maiores produções do Royal New Zealand Ballet nos últimos tempos, que preserva a história original do conto e combina a essência de outras versões sobre Cinderela. O protagonista, Qi Huan, é um dançarino chinês que estuda na Nova Zelândia. Ele se formou da Universidade Normal de Beijing".
The Mood for Love, apresentado pelo Shanghai Ballet, exibiu, por outro lado, o antigo charme de Shanghai. A peça conta uma história de amor ocorrida nos anos 30 de 40 do século passado. As danças e músicas empregadas durante a apresentação refletem de forma minuciosa o mundo espiritual dos namorados. Segundo o diretor do Shanghai Ballet, Ha Muti, a produção é fruto de inovação promovida pelo seu grupo.
"A história é ambientada nas décadas de 30 e 40 em Shanghai, altura em que as artes ocidentais acabavam de entrar no mercado chinês, provocando um grande impacto nas artes nacionais. Pretendemos exibir o contraste no palco, juntando ruas e portas antigas de Shanghai, bares, dança jazz e outras formas artísticas ocidentais".

Grupos artísticos da Espanha, Austrália e Estados Unidos trouxeram suas mais recentes produções. Madame Butterfly, peça clássica mundial apresentada pelo Northern Ballet Theatre, da Grã-Bretanha, encerrará o festival.
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