A minha cabaia nova
O tecido de Guangxi branco como neve
O cetim de Suzhou suave como nuvens
A cabaia fofa, acolchoada com seda dos casulos
Quente, aconchegado, do nascer ao pôr-do-sol
A longa noite dormindo, envolto na cabaia
Esqueço a invernia, meu corpo tépido como a primavera
Uma noite, de súbito, acordo a pensar
Levanto-me, passo os dedos pela cabaia, caminho no quarto
Deviam os homens dar valor à felicidade de todos,
Não ao bem-estar de uma só criatura.
Bom seria uma imensa cabaia cobrindo a terra
Derramando calor por cinco mil léguas
Guarida e agasalho para todos os homens
Ninguém ao frio sob a abóbada celeste.
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