O ribeiro da montanha azul
Azuis as águas do ribeiro na montanha,
Correndo céleres para o rio das Flores Amarelas
Caminhos e veredas sinuosas entre os montes,
Distâncias imensas, gritos de pássaros.
Murmúrios da corrente sobre as rochas,
Sob pinheiros tranqüila, intensamente verdes,
Depois um açude e castanhas-d'água flutuando,
Um espelho cristalino refletindo juncos e canas.
Sempre gostei muito da paz e do lazer,
E agora, neste ribeiro tão sereno,
Apetece-me sentar na margem solitária
E por aqui ficar, a pescar, a pescar.
Para o mandarim Su que me veio visitar a Lantian e não me encontrou
Eu habito aqui, na entrada do vale, junto aos pinheiros que circundam a aldeia solitária.
Percorreste, em vão, os caminhos pedregosos e ninguém, na casa da montanha, para te abrir a porta.
Os barcos de pesca retidos nas águas geladas do rio, os fogos dos caçadores pontilhando a planície.
Na distância, por detrás das nuvens brancas, à noite, o repicar dos sinos, o guinchar dos macacos.
Na montanha
Das águas do Jing emergem rochas brancas,
Num céu gélido revolteiam folhas púrpuras.
Não choveu nos caminhos da montanha, mas minha cabaia umedecida pelo azul do vazio.
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