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Tradutor e poeta, Shu Cai
2007-10-15 10:06:01    cri

O poeta francês, Yves Bonnefoy, 83 anos, ganhou há pouco tempo o prêmio literário Franz Kafka, um dos mais importantes da Europa. A notícia agradou muito ao tradutor e poeta chinês, Shu Cai, 42 anos, pois foi ele que apresentou pela primeira vez obras do poeta francês aos leitores chineses.

Shu Cai trabalha agora como pesquisador do Instituto da Literatura Estrangeira. Antes disso, era diplomata na África. Gerenciava por certo período uma empresa de comércio, mas a paixão pelos poemas o trouxe de volta para o mundo literário. De acordo com ele, o seu interesse pelos poemas foi consolidado na Universidade de Beijing.

"Comecei na escola secundária a me apaixonar pelos poemas contemporâneos. Ao mesmo tempo, tentei produzir alguns de estilo antigo. Depois de ingressar na Universidade de Beijing, fundei junto com meus colegas o grupo literário Changshi (Experimentar, tradução livre), que publicava o periódico Taisi. A Universidade de Beijing possui um excelente ambiente para a produção literária, o que me beneficiava bastante".

Shu Cai tornou-se órfão aos quatro anos e as memórias dolorosas da infância influenciou muito seu crescimento. Em 1983, foi admitido pela Faculdade de Língua Francesa da Universidade de Beijing e partiu então sua terra natal, Fujian para a Capital chinesa. A China acabou na altura de adotar a política de reforma e abertura e a cidade de Beijing, como o centro cultural do país, virou palco de um grande número de escritores e poetas talentosos. Surgiu no mesmo período o "poema escolar", fenômeno popular que atingia quase todos os campus do país. Shu Cai publicou pela primeira vez seus poemas.

"Em 1986, publiquei algumas das minhas produções. Um ano mais tarde, o meu poema Dois Pássaros foi selecionado para entrar na Coleção das Obras de Poetas Escolares da China Contemporânea, fato que me estimulou muito".

Depois de se formar, Shu Cai começou a professar no Ministério do Comércio com o Exterior. Em 1990, foi enviado para a Embaixada Chinesa no Senegal. Segundo Shu, a carreira diplomática beneficiou também seu futuro e a produção.

"Para alguém que nunca foi à África, a primeira impressão dele deve estar ligada com o atraso do Continente. Mas depois de viver lá, constatei que atrás da África, é uma natureza ainda não conquistada pelo ser humano, sem efeitos artificiais. Sua cultura marcada pela alegria concedeu-me um espírito positivo, que me ajudou a enfrentar as dificuldades e convertê-las à face positiva".

Shu Cai retornou ao país em 1994 e publicou a coleção Sozinho, que reúne cerca de 150 poemas produzidos nos dez anos. Denominou o livro como "Sozinho", segundo Shu, pois ele reflete "o lado discreto de um coração".

"Tento manter nos meus poemas a paixão pela vida e a preocupação com os sentimentos. Eu acho que o domínio da linguagem especial utilizada no poema me ajuda a tratar bem de todos os outros estilos literários. Estou convicto de que o poema terá um futuro brilhante".

Para poder concentrar-se na produção de poemas, Shu Cai demitiu em 2000 de uma empresa de comércio, onde ganhava uma remuneração bem elevada. Ingressou no Instituto de Literatura Estrangeira, da Academia de Ciências Sociais. Traduziu logo a seguir poemas de Pierre Reverdy, Rene Char e Yves Bonnefoy.

"Opto por traduzir obras de poetas de quem eu pessoalmente gosto muito. Na China ainda há poucos poetas ou amadores de poemas que entendam francês".

Shu Cai é um dos organizadores do Festival Internacional de Poemas, no Lago Qinghai.

 
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