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Protetor do Palácio Potala, Jampa Kelsang
2007-09-17 14:50:56    cri

O tibetano Jampa Kelsang, 65 anos, é um famoso especialista na proteção do Palácio Potala, moradia do líder religioso do governo da Região Autônoma do Tibet, Dalai Lama. Jampa trabalha como diretor do Departamento de Administração do Palácio Potala há 19 anos. 

Jampa Kelsang ficou órfão muito cedo e foi criado por um tio. Não teve a sorte de receber sistematicamente a educação escolar devido às condições precárias da família. Começou a trabalhar aos 16 anos projetando filmes. O trabalho, em que Jampa Kelsang dedicou quase 30 anos, lhe ajudou a aprender perfeitamente o mandarim. Em 1989, Jampa deixou a carreira e começou a participar da restauração do Palácio Potala. Como Jampa mantinha um comportamento excelente, foi promovido ao cargo de chefe do Departamento de Administração do Palácio Potala. Segundo ele, não quis assumir o cargo no início.

"Eu não queria aceitar o convite, pois não havia na história nenhum registro sobre o acervo cultural do Palácio Potala".

Persuadido por seu chefe e seus colegas, Jampa tomou posse e iniciou seu trabalho com muito orgulho, mas também com grande preocupação. Quanto ao orgulho, o Palácio Potala é um lugar consagrado para o povo tibetano. Seus objetos possuem um valor incalculável. Para qualquer tibetano, administrar Potala significa a honra suprema. No entanto, Jampa também vive preocupado, pois a importância do seu trabalho não permite nenhum erro. A catalogação e o registro do acervo no Potala se transformaram na prioridade de Jampa. Ele também recorreu a todos os meios para proteger os afrescos, livros antigos e paredes.

Em 1997, ao pesquisar o palácio, Jampa descobriu por coincidência que uma das colunas que suportam o alicerce do palácio estava sendo destruída por carcoma. A situação era tão crítica que Jampa informou imediatamente os departamentos concernentes. Especialistas encontraram até o momento 140 colunas semelhantes. O governo central destinou, a partir de junho de 2002, 170 milhões de yuans à segunda restauração do Palácio Potala, focalizando a proteção do alicerce.

O Palácio Potala destaca-se também na preservação e proteção da sutra Pattra, sânscrito registrado nas folhas de árvores, introduzido entre os séculos VII e XIII da Índia e Nepal ao Tibet. De acordo com Jampa, mesmo na Índia, é dificílimo encontrar peças de sutra Pattra. O Palácio Potala estabeleceu, portanto, o instituto especial para cooperar com entidades do Japão e da Índia na pesquisa da área.

"Prestamos muita atenção ao registro e proteção da sutra Pattra, por isso formamos um escritório especialmente dedicado a isso. A sutra Pattra nasceu na Índia, mas agora não existe nem um pedacinho naquele país. Agora nossas cooperações com o Japão e a Índia estão em bom andamento", disse Jampa.

Com a melhora da infra-estrutura, o número de visitantes a Lhasa vem aumentando. A invasão dos turistas desfavorece, no entanto, a proteção da obra. Jampa levantou, portanto, a proposta de restringir o número de visitas recebidas pelo Palácio Potala. Segundo ele, muitas pessoas não compreenderam inicialmente a decisão.

"A medida foi tomada a partir do dia primeiro de maio de 2003, pois o crescente número de visitantes impediu, de fato, a visitação cotidiana a Potala. Acontece que só se podia ver as cabeças das demais pessoas, ao invés do acervo cultural do palácio. A restrição, no entanto, não foi bem aceita no início pela população".

Para muitas pessoas, o aumento do valor dos ingressos elevaria o orçamento destinado à proteção da obra. Jampa Kelsang não concordava com tal opinião. Para ele, isso não compensaria os danos provocados pelo grande fluxo turístico. Daí, o número de visitantes começou a ser restringido diariamente em 2.300 pessoas. Além disso, as visitas dos grupos turísticos não podem ultrapassar uma hora.

Apesar disso, a UNESCO recebia anualmente cartas de denúncias, reclamando da insuficiência de trabalhos empenhados pelo governo chinês em relação à proteção do Palácio Potala. Em 2003, Jampa convidou os funcionários da UNESCO para investigarem o assunto no local.

"Os fatos prevaleceram. O grupo de investigação chegou e lhe mostrei os materiais de construção e quase todos os lugares que eles se interessaram. A conclusão deles foi que 80% das cartas de denúncia não correspondiam à realidade".

Jampa admitiu que sua maior riqueza é a sensação de responsabilidade. Ele falou:

"A sensação de responsabilidade me impulsiona a fazer o máximo possível para concretizar o meu trabalho. O reconhecimento público significa muito para mim".

 
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