Despedida ao mandarim Ping Danran
Não conheces a estrada para além deYangguan,
Mas vais seguir os passos de Pan Zhao.
Lá longe, nuvens amarelas toldam as cores da Primavera,
O triste clangor das trombetas evoca terras distantes.
Um ano de viagem para chegar ao deserto de Gobi,
O rio bifurca-se, perde-se, do outro lado da fronteira.
Enviado para reinos bárbaros, ensinar-te-ão em breve,
A beber vinho no crâneo de Yuezhi.
Pan Zhao - é um conhecido general dos finais da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), várias vezes vitorioso nas campanhas contra os xiongnu, - os antecessores do povo mongol-, levadas a cabo por exércitos chineses nas regiões fronteiriças do império, já na Ásia Central.
Yuezhi - Rei bárbaro derrotado e morto cujo crâneo foi utilizado como taça onde se bebeu o vinho, comemorando a vitória.
No terreão do Oeste, olhando o horizonte
Do alto do terreão, deixo os olhos passear na distância,
Alcançam o horizonte, o coração vai mais além.
De cabeça na almofada, viajo por cem léguas.
Da janela, um vislumbre de dez mil lares.
Os homens caminham devagar pela longa estrada,
Um sol brando dilui-se pelas aldeias.
Emergem novelos de fumo, solitários,
Minha tristeza estende-se por vales e rios.
Tantas qualidades, talento para escrever poesia,
Eu, pobre mandarim, quero muito regressar ao lar.
É inútil tentar avistar a minha terra,
Para além das nuvens, apenas traços de vazio.
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