Jovem, aos quinze, vinte anos, domava cavalos tártaros e partia a galope.
Na montanha, uma flecha, e matava um tigre de testa branca, sua façanhas famosas como as de Cao Zhang.
Atravessava um deserto de trezentas léguas e, com a espada, mantinha em respeito cem mil homens.
Imparáveis seus soldados, céleres como o relâmpago, semeando terror e morte na cavalaria inimiga.
Wei Qing, o protegido do Céu, nunca foi derrotado
Li Guang, desafortunado, jamais conheceu a vitória.
Um dia o velho general, cabelos brancos sob o elmo, decidiu abandonar a peleja, os combates.
Outrora, sua flecha acertava nos olhos de um pássaro, em vôo, hoje, tem o braço esquerdo paralisado.
O velho general vende agora melões junto à estrada, e, como poeta, planta chorões diante do lar.
Árvores antigas bordejam as ruelas do lugar, em frente da janela tem, ao longe, uma montanha fria.
Sim, mas o velho general ainda capaz de surpresas e de espantos, tão diferente de Guan Fu, bêbado todo o dia!
De súbito, atrás das montanhas, surge um exército, uma ameaça, como nuvens negras cobrindo o céu.
Uma confusão, cavalos um tropel de gentes, por toda a parte, oficiais recrutando soldados.
Ao velho general chegam cinco petições, vindas da corte, ele limpa a armadura, fá-la reluzir, como neve ao sol, e sonha ter um arco de Yan e abater o general rebelde.
Pega na espada, golpeia o vento, chispas volteiam no ar, que desonra se o imperador ouvir o fragor dos combatess!
Não desprezem o velho general, intrépido, um herói, o inimigo será vencido, ele tem a vitória à sua espera.
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