Quanto às relações naturais existentes entre os principais elementos de uma paisagem, a névoa envolve frequentemente a montanha, as rochas escondem as reentrâncias das nascentes, os pavilhões e terraços estão rodeados de árvores, os trilhos e caminhos mostram o rasto da passagem dos homens.
Depois, nas rochas, devem-se considerar três superfícies, num caminho devem-se ver os dois extremos, uma árvore revela-se pelo estender dos ramos, reconhecem-se as águas por causa da brisa que as faz ondular.
São de considerar também as condições atmosféricas, distinguir o claro e o sombrio, o nítido e o tênue. Em seguida, estabelecer a hierarquia entre as montanhas, fixar as altitudes, os contornos, o modo como se olham e saúdam mutuamente.
Demasiados elementos num quadro e existe o perigo da exuberância, poucos elementos e há o risco da insignificânicia. Deve-se procurar captar a medida exacta, a distância justa, que exista sempre o vazio entre o longínquo e o próximo, tanto para as montanhas como para os cursos de água.
Anichados na falda da montanha, podem-se dispor um templo e algumas casas. Entre margens escarpadas ou taludes elevados pode-se lançar uma pequena ponte. Em baixo, na orla do caminho, devem existir árvores e no fundo da encosta, um velho embarcadouro.
No limite das águas, as árvores deixam-se envolver pela bruma, na imensidão de um rio ou de um lago é preciso desenhar barcos à vela. Se uma floresta é densa, torna-se necessário pontilhá-la de algumas casas.
Se existe uma árvore antiga junto a um precipício, as lianas envolvê-la-ão, vendo-se as raízes quebradas. Junto a um curso de água, as rochas da margem assumem formas estranhas, muitas vezes polidas pela corrente.
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