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"Escrava Isaura" convida chinesa para filmar no Brasil e inicia processo de colaboração
2007-07-25 09:38:33    cri

A atriz brasileira Lucélia Santos, que recentemente participou na China das gravações de um filme ambientado também no Brasil, revelou à Xinhua em entrevista exclusiva que em setembro a diretora chinesa Li Shaohong deverá ir ao Brasil para participar de uma filmagem bi-nacional.

"Além disso, Li irá a Ouro Preto (cidade histórica brasileira, no estado de Minas Gerais -sudeste do país) para discutir projetos ainda mais ambiciosos", acrescentou a "Escrava Isaura" -conhecida no país asiático como "Isola" (pronúncia aproximada de "Isaura" em chinês)-, que por motivos estratégicos não deu mais detalhes sobre os projetos com a chinesa, que garante ser sua "sócia e grande amiga".

A celebridade brasileira destacou a ajuda dada pela diretora asiática, dona da Rosat Produções, para a realização de "O Amor do Outro Lado do Mundo", rodado recentemente na província Sichuan, sudoeste da China.

"Conseguimos realizar o nosso grande sonho de há dez anos", disse Lucélia Santos a respeito de um filme que pode ser o primeiro passo para uma pretensiosa colaboração permanente entre chineses e brasileiros.

Vinte e três anos após ganhar notoriedade na China por seu papel na telenovela "Escrava Isaura", a brasileira voltou ao país para participar de uma produção, cujo roteiro apresenta um enredo de amor e perseverança nos territórios brasileiro e chinês, em um período que vai da década de 30 até os dias de hoje.

A estória trata de Tching -papel do ator brasileiro com ascendência chinesa Chao Chen-, um jovem descendente de chineses trazido muito pequeno para a China por seu pai, que havia emigrado para o Brasil, após separar-se da esposa, fato cujo porquê a personagem quer descobrir com a ajuda da jornalista brasileira Luíza, vivida por Lucélia Santos.

Esse não é o primeiro projeto da artista na China, onde em 1985 -com 300 milhões de votos- o "Troféu Águia de Ouro" por sua atuação em "Escrava Isaura", importante prêmio da televisão nacional concedido pela primeira e única vez a uma atriz ocidental.

Ela, que já esteve outras 17 vezes na China, e que nos últimos dias participou em filmagens em Shanghai e na província de Sichuan, há dez anos dirigiu "O Ponto de Mutação-China Hoje", um documentário com cinco episódios para TV sobre uma China pouco conhecida no Ocidente, naquele então.

A experiência de trabalhar, nessa época, durante 45 dias em locações no rio Yangtze, na Reserva do Panda Gigante (Sichuan), e em cidades como Shanghai, Beijing e Chengdu, a inspirou a fazer projetos conjuntos com seus colegas chineses.

Uma série de obstáculos financeiros, burocráticos, entre outros, como lembrou a brasileira à Xinhua, atrasaram seus planos que, com a paciência que ela aprendeu a desenvolver no convívio com os chineses, não foram esquecidos.

Ela viu surgir uma nova oportunidade em 2005, quando acompanhou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma visita de Estado à China, o que permitiu que ela retomasse seus projetos, agora com o respaldo econômico da Petrobras e da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Lucélia Santos contou que o "O Amor do Outro Lado do Mundo", que inicialmente seria uma telenovela converteu-se em filme.

"A idéia de telenovela foi transformada em um filme com duas partes, que durará três horas e meia, e que também poderá ser convertido em quatro episódios para TV", explicou a protagonista, também produtora da iniciativa.

"Incorporamos mais emoções à nova estória", comentou Lucélia Santos, quem acrescentou que ela e os roteiristas Moacyr Góes (também diretor do filme) e Marcílio Moraes tiveram que arregaçar as mangas nos últimos 18 meses para atingir essa meta.

Lucélia Santos acredita que seu novo filme criará as condições para aproximar significativamente as indústrias cinematográfica do Brasil e da China.

"O trabalho com os colegas chineses é fantástico. Apesar das dificuldades existentes na comunicação, eu acho que eles são humana e profissionalmente ótimos", avaliou.

A atriz, que também reconheceu que seus amigos orientais "sempre tentam fazer o melhor na rodagem", o que a anima a estabelecer e estreitar uma futura colaboração cinematográfica binacional, teve que interromper a entrevista dada à Xinhua em um antigo monastério na montanha Emeishan, em Sichuan, para cumprir com dever de pessoa pública.

Um grupo de turistas chineses visitava o local turístico e, ao vê-la, uma senhora de meia-idade gritou "olhem, é Isola ali!", o que fez a atriz seguir sua sina de escrava do sucesso.

 
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