A ópera de Beijng é típica entre os 370 tipos de obras dramáticas da China. É chamada ópera de Beijing porque se formou em Beijng há duzentos anos. Com os aperfeiçoamentos contínuos dos grandes mestre de várias gerações, o nível artístico de canto, diálogos, acrobacia e artes marciais são consideráveis.
A arte da ópera de Beijing herdou as características das óperas tradicionais chinesas e os papéis dividem-se em quatro tipos: sheng, dan, jing, e chou. Os papéis masculinos são conhecidos por sheng, divididos em laosheng ( o velho), xiaosheng (o jovem) e wusheng (os guerreiros). Os papéis femininos têm o nome de dan, subdivididos em qingyi(mulher serena e gentil), huadan (mulher que sabe artes marciais), laodan (mulher velha) e daomadan (mulher guerreira). Os jing, ou chamados "caras pintadas", são homens maquilhados. A cor com que está pintado o rosto identifica determinado carácter. O vermelho simboliza a lealdade e valentia, o preto, a abertura e sinceridade e por vezes a rudeza, e o branco, a astúcia e maldade. Os chou, personagens cómicos ou palhaços têm pintada uma pequena máscara branca, em volta dos olhos e nariz. Da maquilhagem o público pode distinguir os bons dos maus e os leais dos traidores. Tal como noutras óperas locais, a ópera de Beijing tem raízes populares. Talvez pelas apresentações ao ar livre no passado, a sua maquilhagem é exagerada, com cores fortes e tons claros.
Apesar das melodias principais de xipi, melodia viva e vigorosa, e erhuang, melodia firme e séria, a ópera de Beijng divide-se em várias escolas. Atores geniais desenvolveram, ao longo do tempo, maneiras de expressão próprias com base na arte dos seus mestres. Por exemplo, quanto aos papéis femininos, divide-se nas escolas de Mei Lanfang, Cheng Yanqiu, Xun Huisheng e Shang Xiaoyun, entre outras.
O guarda-roupa da ópera de Beijing constitui também uma arte particular. Adoptando os modelos de vestuários da dinastia Ming, as roupagens são variadas, em sedas e brocados, de cores fortemente brilhantes e ricamente bordados. Os adereços, tanto armas, mesas e cadeiras como lanternas, pratos e taças, são feitos com base na vida real, refinados e embelezados de acordo com as exigências do palco. O cenário da ópera de Beijng é um mundo lendário.
A orquestra da ópera de Beijing é formada por instrumentos de cordas, sopro e percussão. Os de percussão são geralmente gongos e tambores de vários tamanhos, bem como castanholas de bambu marcando assim um ritmo animado e vigoroso. O tambor é o mestre da orquestra que dirige com toques diferentes e segue as representações dos aotes.
A orquestra conta ainda com o erhu e o jinghu, pequenos violinos de duas cordas, utilizados em conjunto como o yueqin (um instrumento semelhante ao bandolim), pipa (uma espécie de alaúde), suona (pequena corneta de som estridente) e flauta. A orquestra mantém-se em uníssono, uma das características da ópera de Beijing, em vez da harmonia de sons da música ocidental.
A parte vocal da ópera de Beijing consiste no diálogo e canto, empregando-se normalmente o dialeto da cidade de Beijing.
A ópera de Beijing está também a atravessar uma reforma. A maioria dos jovens não gosta dela pelo seu ritmo lento, canto e fala antiga, ações estilizadas e orquestra e adereços simples. Hoje em dia, a reforma da ópera de Beijing desenvolve-se a grandes passos sob os esforços conjuntos dos seus atores. A seguir, vamos ouvir uma canção com estilo da ópera de Beijing.
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