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Lin Yihua e sua versão de Madame Bovary
2007-07-02 11:14:59    cri

Este ano marca o 100º aniversário do teatro declamado ocidental na China. Dramaturgos do continente chinês, Hong Kong e Taiwan se reuniram em Beijing com suas mais recentes produções. O diretor Lin Yihua é um dos deles. Seu drama Madames Bovary é considerado como uma vanguarda entre todas as obras contemporâneas.

Natural de Hong Kong, Lin Yihua começou a produzir dramas desde adolescência. Ele é um dos fundadores do famoso grupo teatral "Zuni Icosahedron". Nos últimos vinte anos, Lin produziu mais de 40 dramas, abordando a vida dos adolescentes, educação, entretenimento, política, entre outros temas. Sua recente produção Madames Bovary foi inspirada pelo romance francês Madame Bovary, de Gustave Flaubert.

"Inspirei-me no romance Madame Bovary, produzido pelo mestre francês Gustave Flaubert, há 150 anos. Quando eu li o romance, tive uma sensação muito forte de que as pessoas da nossa era têm algo a ver com as personagens do romance", explicou Lin.

Lin Yihua empregou no seu drama os temas refletidos no romance de Gustave Flaubert: a moral, o consumo, o desejo e a morte. As protagonistas, portanto, se transformaram nas mulheres casadas de Hong Kong, Taiwan e do continente chinês, que vivem numa sociedade cada vez mais consumista. Variadas opções lhe trazem também a angústia e a perplexidade.

Os atores em Madames Bovary são todos recém-formados da faculdade. Para treiná-los, Lin Yihua elaborou um plano de improvisação. Cada ator é obrigado a imaginar os figurinos das personagens na peça e descobrir, através das quais, seus próprios desejos. Com isso, os atores podem sentir a força de desejo e interpretar melhor seus próprios papéis.

Desde que iniciou sua carreira como dramaturgo, Lin Yihua tem focalizado a questão feminina, como o casamento, a felicidade, a posição social, o poder e o desejo.

"Se prestar bastante atenção na realidade, você descobrirá que muitos cartazes na rua e produtos voltados a mulheres têm como alvo pessoas como Madame Bovary. Para as mulheres, a beleza deve lhe conceder a felicidade, fato que as incentivam a gastar muito dinheiro em busca das coisas luxuosas. Isso é uma realidade que existe desde a antiguidade. A diferença é que na atualidade, as mulheres dispõem de mais opções e mais liberdade. Ao contrário, quanto mais opções e maior liberdade que elas têm, existe uma maior vontade de se esquivar. Às vezes isso me deixa triste e até zangado. É uma sensação muito complicada de explicar. A pergunta é: por que não podemos ser nossos próprios donos?", disse Lin.

Lin Yihua busca sempre a perfeição e é muito sensível à moda. Além de produzir dramas, atua ativamente no setor de entretenimento. Produz músicas, organiza festivais de filmes e possui colunas especiais em várias revistas de moda. Sua compreensão de moda foi refletido em Madames Bovary.

"Para mim, a moda é muito importante na sociedade contemporânea. Empreguei muitos elementos fashion em Madames Bovary, por isso, os espectadores vêm o lado muito suntuoso de minha peça. Na vida real, muitas pessoas se sentem mais poderosos com possessões ligadas à moda. Estou pesquisando o fenômeno", reconheceu Lin.

No momento, Lin Yihua está trabalhando com a adaptação de Peregrinação ao Oeste, À Beira da Água, Romance dos Três Reinos e Sonho do Pavilhão Vermelho, quatro romances clássicos chineses para o teatro declamado.

 
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