Em novembro, Jiujiang coberta de neve,
Geladas as águas do Grande Rio,
Quebrados os ramos de árvore ao peso da neve,
Aves perdidas, famintas, esvoaçando ao acaso.
Entre elas, solitário, um ganso selvagem,
Esgravatando a neve em busca de comida,
Tanto o frio, desajeitado lento, o voo do ganso
E a ave cai nas redes levantadas na margem do rio,
Depois os rapazes vão vender o ganso ao mercado.
Sou um homem do norte exilado em terras do sul,
Tal como esta ave, obrigado a abandonar meu lar,
Meu coração apieda-se ao olhá-la, condenada a triste fim.
Decido comprar o ganso, dar-lhe outra vez a liberdade,
Usufruir o prazer de o ver voar em direção às nuvens.
Liberta no espaço que rumos seguirá a ave?
Um conselho: todos os lugares menos o noroeste,
A guerra continua nas margens do rio Huai,
Centenas de milhar de soldados em intermináveis combates.
Acabadas as rações, os homens desesperados procuram comida,
Vão querer caçar-te, comer tua carne, chupar teus ossos
Usar tuas penas nas hastes das setas.
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