Os poderosos
Arrogantes, à desfilada, parecem encher a estrada,
Cavalos a arreios reluzindo na poeira.
Pergunto: "Quem são estes senhores?"
Respondem-me: "Os poderosos do Palácio."
Cinturões vermelhos de grandes mandarins,
Insígnias púrpura de generais,
Vaidosos, dirigem-se ao banquete do exército
E desaparecem céleres como nuvens.
Canecas e taças transbordam de vinhos delicados,
Oito manjares da terra e do mar,
Laranjas descascadas de Dongting,
Pedacinhos de peixe do lago Tianchi.
Abundante, lauto o festim
Eles saciados, felizes, ébrios e soberbos.
Este ano, o sul do rio assolado pela seca*,
Em Chuzhou homens comem outros homens.
*Jiangnan, as regiões a sul do Grande Rio Changjiang (o Yangtsé, Iansequião ou Rio Azul)
|