No ciclo da crítica musical da China, Zhao Shimin é uma personalidade famosa por seus artigos cheios de pensamentos. Formado na filosofia e interessado nos estudos da antiga escrita, Zhao, porém, nunca aprendeu a música.
Zhao Shimin, nascido em Beijing, foi um jogador profissional de basquetebol e tem vivido experiências militares. Na universidade, ele estudou filosofia e direito. Em 1985, Zhao começou a trabalhar como professor de filosofia no Conservatório Central da China.
Influenciado pela atmosfera do Instituto, Zhao vem se interessando pouco a pouco na música e visitou vários músicos então conhecidos na China, tais como o educador vocal Shen Xiang, o regente Yang Hongnian e o grande pianista Zhou Guangren, etc. Através dos contatos com eles, Zhao tentou a escrever algumas críticas de pessoas.
Mesmo assim, a carreira do crítico profissional de Zhao teve início em 1992, altura em que o redator-chefe da revista taiwanês Amadores Musicais lhe pediu para ser correspondente em Beijing. Desde então, Zhao sempre assiste aos concertos e envia artigos para Taiwan. Com a grande influência da revista em Taiwan, o nome de Zhao também se espalhou rapidamente.
De acordo com Zhao, a crítica musical não se pode limiar na própria qualidade de músico e concerto, assim como relatar apenas de maneira teórica. Só quando o próprio escritor fica comovido com a música, o artigo dele consegue ganhar o poder. Ao mesmo tempo, a linguagem também faz uma parte importante:
"É necessário o crítico ter uma profunda compreensão sobre a música. As demais pessoas, apesar de ter provavelmente a mesma emoção, não conseguem se expressar. E eu posso encontrar as exatas palavras para descrever, o que agrada tanto os leitores quanto os músicos."
O livro Face a Face com os Mestres é a obra mais conhecida de Zhao. Nele, ele faz uma série de reportagens sobre os maiores mestres musicais que se apresentam nos últimos anos na China, incluindo o violinista Mutter, o pianista Ashkenazy, o regente Zubin Mehta, o tenor Carreras, etc. Não subordinado aos prestígios dos mestres, Zhao analisa de forma detalhada e objetiva cada um deles em suas matérias. Sem teorias, os artigos de Zhao cheia de uma linguagem poética e imaginação. Por exemplo, ao falar sobre Zubin Mehta dirigindo a Filarmônica de Viena ao interpretar Strauss, ele usou uma metáfora: "a raposa dourada salta no gramado sob os raios do Sol".
Sobre o critério de um bom crítico, Zhao afirmou:
"Para mim, o equilíbrio com o próprio concerto constitui o primeiro critério. O segundo é a expressão independente dos seus pensamentos. E o último, a linguagem específica".
Além de escrever os artigos musicais, Zhao também tem um profundo conhecimento sobre antigas formas de escrita e ministra sobre a Filosofia de Lao Tse e Chuang Tzu, que ambos são os representantes do Taoísmo da China e viviam há 2000 anos atrás. Devido à grande distância temporal, os significados de palavras nas suas obras se encontram diversas explicações no dicionário. Para dar uma resposta definida aos estudantes, Zhao começou a explorar a origem dos caracteres chineses.
De acordo com Zhao, o objetivo de estudar as antigas escritas não é apenas melhorar seu nível de ensinamento, o mais importante é explorar a ideia e a cultura escondidas por detrás delas.
"Depois de eu estudar a cada caráter, sempre o coloco nos artigos, desta maneira, posso encontrar uma explicação mais próxima à dos autores. E o próprio caráter servia como uma ponte que nos leva aos antigos pensamentos".
Fora das aulas, Zhao é uma pessoa simpática e humilde. Ele sempre indicou: "Nas aulas, sou professor, mas quando fora dela, cada estudante pode servir como meu professor, e eu aprendo muito com eles".
Ao falar sobre a profissão, ele manifestou:
"Na minha opinião, professor é uma ótima profissão com que eu posso contatar com muitos alunos frescos".
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