A Companhia de Ópera de Beijing reúne os melhores artistas da ópera de Beijing, ópera nacional chinesa. Hoje vamos conhecer o diretor da entidade, Wu Jiang.
A Ópera de Beijing se formou há mais de 200 anos. Absorvendo características de outras artes chinesas, ela se tornou a maior ópera chinesa. Sua interpretação é composta por canto, narração, luta, entre outros elementos. As máscaras usadas pelos atores expressam temperamentos, características ou destinos das figuras da peça. Da década de 20 a 50 do século passado, o mestre em Ópera de Beijng, Mei Lanfang, levou pela primeira vez esta arte à ex-União Soviética, Estados Unidos, Japão e vários países europeus, obtendo enorme sucesso.
Naquela época, os fãs da Ópera de Beijing estavam distribuídos por todo o país. Aos 8 anos, Wu Jiang entrou numa escola de óperas. Ele recorda:
"O meu tio é um especialista em óperas e literaturas clássicas. Ele sempre dizia que dedicou toda a vida ao estudo teórico e não entendia nada em termos de prática. Por isso, ele me incentivou a aprender a cantar óperas".
Depois de oito anos de aprendizagem, Wu Jiang começou a se apresentar nos principais palcos da capital chinesa. Infelizmente, uma lesão no pé acabou sua carreira como ator de ópera de Beijing. Wu, no entanto, não desistiu. Conseguiu uma vaga na Faculdade de Letras da renomada Universidade de Beijing. Com um rico conhecimento literário, trabalhou depois como coreógrafo na Companhia de Ópera de Beijing. Em 1985, freqüentou o curso de mestrado no Instituto de Artes de Beijing, começando simultaneamente a escrever roteiros para peças. Em 2000, foi nomeado diretor da Companhia de Ópera de Beijing.
Apesar do prestígio de que dispõe, a ópera de Beijing enfrentou sérios impactos trazidos por novos meios de entretenimento com a aceleração da modernização. Consciente do fato, Wu Jiang promoveu reformas corajosas logo depois de assumir o cargo. Ele falou:
"Falei para meus colegas: Se nossa companhia não produzir novas peças para atender à demanda do público, a Ópera de Beijing não irá sobreviver".
A primeira idéia foi a exibição de óperas durante os feriados nacionais, como Dia dos Trabalhadores (1 de maio), Dia Nacional da Fundação da China (1 de outubro) e Ano Novo Chinês. Wu apresentou:
"Durante estes três períodos, promovemos nossas novas produções, através das quais, o público testemunha as mudanças e a riqueza da Ópera de Beijing. O aumento de espetáculos favorece também ao crescimento de atores da nova geração. Com os esforços dos últimos anos, a Companhia de Ópera de Beijing ampliou o mercado nacional e sua fama no exterior".
Outra iniciativa bem-sucedida promovida por Wu foi a construção do Teatro Mei Lanfang. Com a obra, seu elenco possui condições de exibir apresentações periódicas ou convidar colegas de outras regiões a realizar turnês.
Para popularizar novamente esta arte tradicional, Wu sugeriu a instalação de mini-teatros com capacidade para 200 pessoas. Além de terem preço acessível, dispõem de gabinetes de maquiagem acessíveis às pessoas que querem conhecer de perto a Ópera de Beijing.
As tentativas de Wu Jiang não param por aqui.
Eis a Ópera de Beijing Princesa Chinesa Turandot, adaptação da ópera italiana Turandot. Wu Jiang combinou a história original de Turandot com a interpretação da Ópera de Beijing, criando uma peça totalmente nova para os espectadores. Desde sua estréia em 2003, a peça foi exibida na Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, Israel, Coréia do Sul e Áustria.
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