Segundo cálculos de especialistas chineses, mais de 10 milhões de relíquias culturais da China estão no estrangeiro, disse o Diário do Povo na edição para o exterior.
A maioria das relíquias culturais foi roubada e retirada ilegalmente da China durante as guerras, antes da criação da República Popular da China, disse a Sociedade de Relíquias Culturais da China.
O jornal noticiou que aproximadamente 1,67 milhão de relíquias chinesas estão em mais de 200 museus de 47 países, representado 10% de todas as relíquias culturais perdidas da China.
"Entretanto o número de relíquias em mãos de colecionadores privados é dez vezes maior", disse a UNESCO, organização educacional, científica e cultural das Nações Unidas, citada pelo jornal.
Os tesouros perdidos incluem pinturas, caligrafias, aparelhos de bronze, porcelanas, ossos com inscrições pré-históricas, livros e registros antigos.
Especialistas consideram que a melhor maneira de recuperar os tesouros é comprá-los de volta. Às vezes, colecionadores privados doam relíquias ao governo chinês. Além disso, o governo pode solicitar oficialmente a devolução das relíquias.
Em 2003, uma cabeça de porco de bronze de valor inestimável, da dinastia Qing (1644-1911), foi devolvida a Beijing. A peça fora roubada pelas forças aliadas anglo-francesas que invadiram a China há mais de 140 anos.
Nos últimos anos, o governo chinês melhorou as tentativas de recuperar as preciosas relíquias culturais no estrangeiro, lançando um projeto internacional de recuperação de tesouros e criando um banco de dados com informações a este respeito.
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