Transporte, poluição e a barreira de idioma são as principais preocupações dos repórteres estrangeiros para cobrir os Jogos Olímpicos de 2008, em Beijing. É o que aponta a pesquisa promovida pelo Grupo de Temas Especiais sobre as Olimpíadas 2008.
"Os beijineses são muito simpáticos e se alegram em ajudar os outros, mas a poluição e o transporte caótico da cidade me preocupam muito", afirmou um entrevistado quando questionado sobre "quais são os aspetos satisfatórios de Beijing e o que a cidade deve melhorar para o sucesso das Olimpíadas de 2008". A resposta representa a opinião de 31% dos correspondentes estrangeiros entrevistados na pesquisa.
Ao serem questionados sobre "qual sua maior preocupação com seu trabalho durante as Olimpíadas", 47% dos entrevistados optaram pela "barreira do idioma". Outros 28% se preocupam com o fato de as autoridades chinesas cumprirem ou não o compromisso de facilitar o trabalho dos correspondentes estrangeiros na China durante a temporada olímpica.
O trabalho também aponta que as mídias estrangeiras concedem a maior parte de seus espaços para as avaliações políticas, culturais e econômicas sobre o país, ao invés de reportarem as obas de infra-estrutura olímpicas, temas frequentemente encontrados nas reportagens produzidas pelas mídias chinesas.
"As Olimpíadas são marcantes para qualquer país que as promove. Muito além de um evento esportivo, elas colocarão um país no centro do cenário mundial", frisou assim o presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Peter Ueberroth.
Beijing deve receber mais de dez mil esportistas, 30 mil repórteres e 500 mil turistas durante o período das Olimpíadas, conforme as previsões do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Beijing (BOGOC, na sigla em inglês).
|