Após uma turnê bem-sucedida pela Dinamarca, Itália, Coréia do Sul e Áustria, um grupo de artistas tibetanos apresentou na última segunda - feira o fantástico espetáculo Terra Milagrosa, no Teatro Poly, nesta Capital.
As montanhas cobertas de neve, o Palácio de Potala, os antílopes tibetanos dão o tom do espetáculo que narra o cotidiano da família de Qu Ni, uma jovem tibetana. A peça traz a tona o trabalho, o namoro, a cerimônia de casamento e outros costumes tibetanos.
O musical também abre espaço para os artistas revelarem o amor dos tibetanos pela vida, sol e a terra, bem como sua vasta admiração pela natureza. O espetáculo impressionou os espectadores desta Capital.
"Os tibetanos são muito abertos. Gostei muito do cenário, pois me fez sentir no Tibet. Eu realmente almejo conhecer pessoalmente essa terra misteriosa e maravilhosa".
Situada no Planalto do Qinghai-Tibet, a Região Autônoma do Tibet está localizada a 4.000 metros acima do mar, sendo considerada como o "Teto do Mundo". Sol, florestas selvagens, termas, lagos, montanhas cobertas de neve e pradarias, bem como flora e fauna preciosa, marcam a paisagem da região. Os habitantes locais, por outro lado, preservam seus hábitos e costumes legados por seus antepassados. Ouça o abraço enviado pelo artista tibetano, Luo Sang Luo Zhui.
Segundo ele, seu grupo realiza anualmente cerca de cinqüenta apresentações para moradores do Tibet. Ao mesmo tempo, eles aproveitam as oportunidades para assimilar novas idéias e formas artísticas de diferentes aldeias. O espetáculo Terra Milagrosa é um dos frutos de seus árduos trabalhos, juntando vários tipos de danças folclóricas tibetanas, inclusive Guozhuang, Reba, Xianzi, danças tombadas como patrimônios imateriais nacionais. O ator explicou:
"Os tibetanos criaram vários tipos de dança. Na região onde eu moro, Guozhuang, Reba e Xianzi são os principais tipos de dança. Reba é interpretado por tambores, Guozhuang é um tipo de dança coletiva, em que os habitantes dançam ao redor de fogueira, e Xianzi é uma dança com acompanhamento de Erhu tibetano".
O diretor do espetáculo, o coreógrafo chinês Deng Ling, qualificou o Tibet como "fonte de inspiração" para suas obras. Como membro da etnia Han, sua primeira viagem à região lhe causou um choque. Ele disse:
"Antes de visitar o Tibet, pensava que seria um lugar puro e bonito. Mas o Tibet é muito mais que isso. Senti os efeitos do ar rarefeito, o que me fez entender como os tibetanos são fortes. Mudei parte dos esboços que fiz sobre o espetáculo, que busca um resultado estético, e decidi mostrar a vida real dos tibetanos".
O espetáculo, parte integrante da Semana da Cultura Tibetana, fez um tremendo sucesso na Europa. Segundo o organizador do evento, Liu Ziguang, a peça inspirou um grande número de europeus a viajarem ao Tibet.
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