Começou dia 2 de outubro nesta capital o 9º Festival Internacional de Música. E a CRI foi cobrir o evento.
Você ouve agora a cerimônia de abertura do festival. As melodias russas roubaram a cena em virtude da ocorrência do "Ano Rússia" neste país. A mundialmente renomada Orquestra Mriinsky trouxe, junto com o maestro russo Valery Gergiev, aos espectadores chineses, várias peças clássicas russas tais como Festive Overture, de Shostakovich, Ruslan and Ludmilla Overture, de Glinka, e Quebra-Nozes, de Tchaikovsky.
Organizado pelo Ministério da Cultura e governo municipal de Beijing, o Festival teve sua primeira edição em 1998, e está sendo reconhecido por músicos mundiais graças à sua expansão vertiginosa. Para a vice-ministra de Cultura da China, Meng Xiaosi, o evento é marcante para a capital chinesa.
"Graças ao esforço empenhado nos últimos nove anos, o Festival se tornou um ponto de encontro para músicos de alto nível de todo o globo. Ele oferece um palco para os chineses conhecerem músicas, orquestras e peças famosas do mundo e, ao mesmo tempo, para o mundo curtir o fascínio da tradição chinesa".
O foco do Festival está na interpretação de 14 artistas russos da ópera The Lady Macbeth of the Mtsensk District, do grande compositor e pianista russo, Dmitry Shostakovich. Produzida em 1934, a obra narra a história de uma russa talentosa vivendo a ditadura de czar, e é considerada uma das maiores óperas da história russa em virtude da sua profundidade na revelação da natureza humana e do alto nível de forma artística alcançado pelo compositor.
Segundo organizadores do festival, outra atração reside na apresentação das peças chinesas executadas por artistas ou orquestras estrangeiras, que deve aproximar os espectadores chineses e artistas de outros países. O violinista francês, Augustine Dumay, por exemplo, será o primeiro mestre ocidental a interpretar The Butterfly Lovers (Liang Shanbo and Zhu Yingtai), peça chinesa de fama mundial. A orquestra alemã, Germany Ensemble Modern, que está na sua primeira visita à China, interpretará obras produzidas por sete compositores chineses.
Com uma duração de 28 dias, o evento oferece 26 espetáculos, que reúnem cerca de mil músicos provenientes da Rússia, Itália, EUA, Alemanha. Entre eles se destacam o maestro russo, Valery Gergiev, o pianista italiano, Pollini, o violinista francês, Augustine Dumay e o violoncelo, Mischa Maisky.
A ópera tradicional chinesa interpretada de forma sinfônica deve também trazer um brilho especial à noite de Beijing. A inédita cooperação entre artistas chineses de ópera tradicional e orquestras sinfônicas estrangeiras se apresenta como uma tentativa na exploração de artes tradicionais chinesas, acabando bem-sucedida. O que você ouve agora é um trecho da famosa peça Rio Shajia.
A protagonista da peça, Deng Min, qualificou assim:
"O nosso objetivo é atender aos espectadores de diferentes paladares. Fico muito contente por ver que a adaptação das peças foi bem recebida por visitantes".
A resposta da espectadora Jia se justificou da fala de Deng Min.
"As peças que curtimos foram bem tradicionais em termos de trilhas sonoras. Trata-se de uma grande invenção combinar a ópera tradicional chinesa com sinfonia, o que enriqueceu a forma de expressão das peças".
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