Há dois anos atrás Dong Mengyang promovia a primeira feira internacional de galerias da China. Para este ano, ele está organizando o Art Beijing, que será inaugurado este mês. Dessa forma, o mercado artístico chinês se conecta com o internacional.
Nossa reportagem entrevistou Dong Mengyang em seu gabinete ? cheio de livros. Apesar de já ter 40 anos, ele aparenta ser mais jovem.
Dong nasceu na província de Shanxi, norte da China. Desde pequeno gostava de pintar. Formou-se em 1992 na faculdade de gravura do Instituto Central de Belas Artes e foi admitido pela Companhia geral de Cultura e Artes da China. No mesmo ano, ele participou da organização da Feira Artística?a primeira do gênero, realizada em 1993 na cidade de Guangzhou, sul da China, na qual foram exibidas obras de muitos pintores e escultores.
Dong disse que em outros país realizam-se sempre feiras artísticas com a participação de galerias. Porém, na China, as feiras deste tipo visavam aos artistas, uma vez que o setor de galerias encontrava-se naquele ano etapa inicial. Há cem anos atrás, na China, não existiam galeria, apenas lojas de pinturas.
Com o desenvolvimento da economia chinesa, muitos chineses começaram a colecionar obras artísticas contemporâneas e, assim, surgiram muitas galerias, tornando o mercado de obras artísticas muito próspero. Para aumentar o intercâmbio entre os pintores chineses e estrangeiros, Dong Mengyang começou a organizar exposições internacionais de galerias a partir de 2003.
Em 2004, ele promoveu a primeira Feira Internacional de galerias com a participação de cem galerias da Coréia do Sul, Japão, Itália, Estados Unidos, Holanda e da China, regularizando o mercado artístico. A segunda Feira contou com a participação das famosas galerias dos Estados Unidos e de Hong Kong. A prosperidade de galerias chinesas resultou do rápido desenvolvimento econômico do país.
Dong disse que na China, a educação artística, a administração dos setores artísticos e o serviço neste setor não são perfeitos. Muitas pessoas não sabem o que é arte e como se colecionam obras artísticas.
Em outubro deste ano, ele promoverá o Art Beijing, da qual participarão 85 galerias chinesas e estrangeiras, sendo que as chinesas representarão 50% da exposição. Dong espera que o Art Beijing seja uma das quatro Feiras Artísticas Internacionais mais importantes e que ocupe um importante lugar na Ásia.
Atualmente a China conta com mais de duas mil galerias, a maior parte das quais concentra-se em Beijing e Shanghai, com investimento superior a 10 milhões de yuans cada. Agora, algumas cidades médias e pequenas também abriram galerias.
Recentemente o Departamento da cultura de Beijing promoveu um simpósio sobre o desenvolvimento das galerias desta capital, no qual os participantes trocaram opiniões sobre o mercado artístico e sua administração, e manifestaram a esperança de que o governo reconheça o papel das galerias, preste atenção ao mercado artístico e elabore leis para promover o desenvolvimento saudável do mercado de belas artes.
A administração efetiva das galerias influenciará diretamente na prosperidade do mercado artístico. Para o governo, fica a tarefa de pesquisar esse mercado e aperfeiçoá-lo a cada dia.
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