Por volta das 14h20, frente às ruínas de uma escola secundária da vila de Yingxiu, um clarim tocou a música Saudade. Dia 12 de Maio de 2008, um grande terremoto arruinou a vila e de seus 10 mil habitantes, apenas 3 mil sobreviveram. Ao som da música suave e triste, o presidente Hu Jintao, o vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, assim como outras autoridades do país e os habitantes das zonas atingidas pelo desastre, se reuniram em um ato em homenagem às vítimas.

Em memória de cerca de 90 mil compatriotas mortos ou desaparecidos no terremoto, vinte guardas de honra colocaram 10 cestos de flores em frente a um relógio simbólico. O presidente chinês se dirigiu ao relógio de pedra e parou em frente a uma coroa de flores oferecida pelo Comitê Central do Partido Comunista da China a todas as vítimas do abalo.

Às 14h28, momento exato em que ocorreu o sismo devastador, todos os presentes dedicaram um minuto de silêncio às vítimas.

Em discurso proferido na ocasião, o presidente Hu Jintao considerou que há um ano, através dos esforços de toda a China, da ajuda dos compatriotas no exterior e amigos estrangeiros, os trabalhos de reconstrução nas zonas atingidas pelo desastre têm obtido importantes resultados. "O governo chinês elaborou o plano de reconstrução logo depois do abalo sísmico, lançando uma série de políticas e medidas voltadas a priorizar as necessidades da população, a respeitar a natureza e a coordenar os diversos setores, e assim alcançou resultados significativos periódicos. A população das zonas afetadas pela calamidade estão avançando para uma nova vida, em passos largos", disse Hu Jintao.

Segundo estatísticas, mais de 69 mil pessoas morreram no grande terremoto, e mais 17 mil ficaram desaparecidas. O abalo causou uma perda econômica no valor de 840 bilhões de yuans. No plano elaborado para a reconstrução, o governo chinês prometeu que todas as famílias terão habitação e emprego, todos os habitantes terão garantia de vida, as infraestruturas públicas serão reconstruídas conforme padrões altos, a economia conhecerá maior crescimento e o ambiente ecológico será melhorado."

Até o momento, quase 100% das habitações danificadas nas províncias mais afetadas foram reparadas, e 80% das obras de reconstrução de casas foram concluídas. Nas cidades e vilas, cerca de 50% das casas foram reparadas ou consolidadas e 75% das obras para a reconstrução de escolas foram inauguradas. Uma série de obras relativas à infraestrutura, tais como instituições médicas, estradas de ferro, auto-estradas, aeroportos, bem como instalações industriais, turistas e culturais, estão em intensa reconstrução. Cada vez mais habitantes se mudam para as casas permanentes, e a vida nessas zonas está voltando à normalidade.

O presidente Hu Jintao pediu o aceleramento dos trabalhos de reconstrução. Disse: "A reconstrução está vinculada aos interesses fundamentais da população nessas zonas, assim como no seu desenvolvimento a longo prazo. É necessário redobrar os esforços e acelerar o ritmo de trabalho para alcançar em dois anos, as metas previstas para três anos."

Segundo Hu Jintao, a China vai envidar maiores esforços por promover o intercâmbio e a cooperação internacionais no terreno da redução e prevenção de calamidades, e na área de assistência humanitária internacional.