Nos últimos dias, o governo mexicano disse que a epidemia da gripe A (H1N1) do país já entrou na fase estável e o governo prepara recuperar gradualmente as atividades económicas públicas suspendidas antes. Especialistas chineses consideram que com a atenuação mundial da epidemia, as pessoas ainda não podem negligenciar a gripe e os diversos países devem reforçar compreensão e cooperação para enfrentar conjuntamente a ameaça da gripe.

Segundo estatísticas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), às 12h00 do dia 7 (horário de Beijing), foram confirmados 1861 infectados pela gripe A (H1N1) e mais 31 casos de morto em 24 países e regiões do mundo. Embora o número dos casos confirmados ainda esteja aumentado mundialmente, o governo mexicano afirmou recentemente que a epidemia já entrou na fase estável. No entanto, o cientista de prevenção de epidemias do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Zeng Guang, acha que a gripe ainda tem elementos indefinidos, por isso, as pessoas não podem negligenciá-la.

"Decobri que nos 23 países afetados, a maioria é país desenvolvido. Nos países em desenvolvimento, com exceção do México, têm poucos infetados, mas isto não significa que a epidemia não vai atingir estas regiões e precisamos de dar atenção sobre isso, pois em alguns países em desenvolvimento, não é fácil descobrir esta gripe. Além disso, os dados estatísticos publicados agora não representam o número exato dos infetados, pois alguns pacientes têm sintomas típicas, mas algumas não, ou são transportadores do vírus, ou ainda estão no período de incubação. Então, é perigoso relaxar a vigilância."

Recentemente, a imprensa ocidental disse que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e alguns países reagiram demasiadamente sobre a gripe. O México, Canadá e outros países também demonstraram insatisfação sobre o isolamento da China de alguns dos seus cidadãos. Sobre isso, Zeng Guang disse que a divergência foi causada pela diferença da ética de saúde pública entre diversos países.

"a China realizou o isolamento segundo a lei de epidemia e lei de supervisão saudável e quarentena internacional. Acho que o nível mais importante do que a lei é a ética. Os países ocidentais consideram que a liberdade individual não pode ser violada, mas atualmente, em muitos países, incluindo a China, a ética pessoal precisa de obedecer à ética de saúde pública e a minoria precisa de obedecer aos interesses da saúde da maioria. Considero que esta ética é razoável e aceitável pois durante a epidemia SARS, tomamos medidas rigorosas de isolamento, beneficiando a segurança de outros países. Os países afetados pela gripe devem controlar bem a saída do país e não devem trazer problema a outros países, porque todo o mundo é ligado estreitamente."

Zeng Guang ainda acrescentou que de acordo com situação especial da China, o país precisa de tomar medidas mais severas no tratamento da gripe.

"Se a gripe começasse a alastrar na China, seria um desastre, porque o país tem grande densidade populacional e grande população móvel. Então, a China deve tomar medidas mais rigorosas do que outros países e acompanhar bem a situação para tomar decisões mais adequadas que correspondem à saúde do povo e interesses do país."

O vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Segurança e Estratégia da Academia das Relações Internacionais Contemporâneas da China, Gao Zugui, também afirmou que os países competentes devem compreender as medidas dos outros países no enfrentamento da gripe.

"A cooperação mais importante é as medidas de prevenção, que vão ser realizadas pelos diversos governos, com maneiras mais adequadas à própria situação do país. Todos têm que tomar uma atitude básica de compreensão e tolerância mútua."