A Organização do Tratado Atlântico do Norte (OTAN) começou hoje (6), na Geórgia, uma manobra militar conjunta para tratar do plano "relações de parceria pacífica". A medida causou reação negativa da parte russa.
Segundo informações, em abril, a OTAN já havia anunciado que realizaria uma manobra militar na Geórgia, entre 6 de maio e 1°de junho. Para a entidade, a meta deste evento é o anti-terrorismo, e não ameaça a segurança da Rússia. Porém, a parte russa acredita que a realização da manobra na Geórgia, uma região divergente para ambas as partes, é errônea e uma decisão perigosa. Vale notar que, no dia 29 de abril, Rússia e OTAN retomaram os contatos políticos de alto nível, que haviam sido congelados por oito meses.
Conforme Jiang Yi, o especialista sobre a questão da Rússia da Academia das Ciências Sociais da China, a manobra militar na Geórgia é um ato político da OTAN direcionado à Rússia, o que não muda a estratégia básica da entidade em relação à expansão ao leste.
"A manobra é um reflexo de que a estratégia básica da OTAN não apresenta qualquer alteração em meio à crise financeira e aos reajustes das políticas exteriores dos EUA. Através dessa estratégia, a OTAN tenta controlar a segurança e a política da Europa, e ampliar ainda mais a influência da entidade na região."
Quanto à manobra, o presidente russo, Dmitry Medvedev, declarou que a OTAN deve assumir as consequências negativas que podem ser causadas pela manobra.
Segundo Jiang Yi, a Rússia já anunciou o congelamento sem prazo dos trabalhos do conselho cooperativo com OTAN. O processo de colaboração entre as duas partes também pode ser influenciado. Além disso, é possível que a Rússia suspenda a ajuda à OTAN em certas vias que cruzam o país, e reforce a força militar na Abkaházia e Ossétia do Sul.
No dia anterior à manobra, a Geórgia derrotou um motim, iniciado pelos altos funcionários do país. De acordo com a parte militar da Geórgia, o motim visa prejudicar a manobra militar da OTAN e derrubou o poder político atual, liderado pelo presidente Michail Saakaschwili. Porém, os EUA declararam que o motim foi um caso acidental. A parte russa também negou manter relações com o assunto.
Para Jiang Yi, o congelamento dos laços são desfavoráveis às duas partes. A OTAN ainda espera cooperar com a parte russa na questão do Afeganistão, e proporcionar assistência de logística aos exércitos da entidade no Afeganistão por meio da Rússia. Neste sentido, ambas as partes devem buscar uma solução adequada para as suas divergências.
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