O Ministério da Saúde do México anunciou na noite de ontem que o número de mortos causados pela gripe suína no país já havia subido para 159, e o total dos suspeitos do vírus alcançou 2498, dentre eles, os 1311 que ainda estão recebendo tratamento médico em hospitais. O diretor interino do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Richard Besser, declarou que o número de doentes diagnosticados já chegam a 91 no território norte-americano. Além disso, também foram encontrados casos no Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido, Israel, Espanha, Aústria e Costa Rica.

Considerando que a gripe suína já se expandiu dos EUA e México para 10 países do globo dentro de uma semana, a secretária-geral da OMS, Margaret Chan, anunciou ontem em Genebra, que a entidade decidiu aumentar o alerta da gripe para o nível 5.

A OMS classifica o alerta de gripe em 6 níveis, e o nível 5 significa que o vírus já atingiu pelo menos dois países da mesma região, causando expansão contínua.

Diante de situação tão extrema, diversos países e algumas organizações internacionais tomaram certas medidas de prevenção. Como a nação mais atingida pela gripe suína, o México publicou no dia 26, uma ordem presidencial, anunciando que o país entrou em estado de emergência de saúde com duração de pelo menos 10 dias. Desde o dia 27, todas as escolas primárias, secundárias, universidades e jardins infantis suspenderam suas aulas, e os lugares públicos da Cidade do México, capital do país, permanecem fechados. Com a execução dessas medidas, o ministro da Saúde do país, José Cordova, declarou que já apresentou a tendência de desaceleração do aumento do número de mortos causados pela gripe.

O presidente norte-americano, Barack Obama, solicitou ao Congresso no dia 28, a liberação de US$ 1,5 bilhão para o aumento de reservas de medicamentos e exploração da vacina da gripe suína. A UE convocou ontem uma conferência especial dos ministros da saúde para avaliar a expansão do vírus e as medidas de resposta. Além disso, várias nações do mundo já tomaram medidas de emergência e reforçaram a quarentena nos aeroportos.

Os analistas apontaram que o intercâmbio de informações é crucial para responder à gripe suína. O México já decidiu estabelecer um mecanismo cooperativo com EUA e Canadá a fim de coordenar medidas de controle, organizar um plano de investigação científica e compartilhar informações acadêmicas mais recentes. A Organização para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês) e a Organização Pan-Americana de Saúde também enviaram um grupo de especialistas ao México para ajudar a encontrar a raiz da gripe e prevenir a expansão do vírus. A porta-voz do Ministério das Relações da China, Jiang Yu, anunciou ontem que o governo chinês decidiu proporcionar ao México uma assistência humanitária de emergência no valor de US$ 5 milhões.

Conforme o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a gripe suína já se tornou um desafio global. Portanto, a comunidade internacional deve unir forças e compartilhar informações para combater o vírus em conjunto.