A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou no dia 27 que decidiu aumentar o alerta da epidemia da gripe suína para 4, devido à extensão do perigo do vírus no México e nos EUA. Na coletiva à imprensa, realizada ontem em Genebra, o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, analisou a situação atual da gripe.
Embora a OMS tenha subido o alerta, a entidade não sugeriu que se fechassem as fronteiras das zonas afetadas pela gripe. Quanto a isso, Hartl explicou que é muito amplo o âmbito de distribuição da gripe suína e essas medidas não favorecem a prevenção da gripe.
Hartl admitiu que ainda não foi encontrada a raiz da doença. Segundo ele, em todos os casos diagnosticados da atualidade, não há nenhuma prova de que a doença tenha sido causada por contatos diretos com a carne de porco. O vírus é transmitido através do contato físico entre pessoas.
Até a noite de ontem, o número de mortos causados pela gripe suína no México já havia subido para 152. Conforme Hartl, ainda é um enigma o motivo pelo qual a gripe suína causou tantas mortes no México.
"Talvez as pessoas não receberam tratamento médico adequado, ou os médicos não sabiam como tratar a doença. No período inicial da gripe, além dos doentes, os médicos também foram incluídos entre as vítimas. Esta situação é muito triste e devemos tirar uma lição desses casos."
Após a explosão da gripe suína, a OMS, como órgão administrativo principal da causa da saúde, criou imediatamente uma comissão de emergência para tratar do assunto. Sob sugestão de especialistas, a entidade confirmou inicialmente o nível de alerta como 3, e depois aumentou para 4.
"A OMS está acompanhando estreitamente a situação e vai avaliar constantemente toda e qualquer alteração. Vamos dar mais atenção aos casos de contaminação humana e também de resistência ao medicamento".
"O alerta de nível 4 é um ponto importante. Caso a situação se agrave, o alerta pode chegar ao nível 5. Se o caso for controlado, a entidade vai reduzir o nível para 3. A OMS exigiu que os governos de diversos países forneçam informações à população e tomem todas as medidas necessárias para controlar o alastramento do vírus."
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