Como efeito da crise financeira internacional e da recessão econômica, o protecionismo comercial vem ressurgindo no globo, trazendo impactos sérios ao crescimento dos países em desenvolvimento. No Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina, encerrado no dia 16, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o protecionismo comercial como uma droga que pode causar dependência em longo prazo. O diretor de comércio exterior da Confederação Nacional de Comércio do Brasil, Carlos Tavares de Oliveira, declarou recentemente a entrevista à CRI que o protecionismo comercial é um obstáculo para a resposta à crise financeira internacional. Os países latino-americanos se opõem firmemente contra qualquer medida dessa natureza.
Na entrevista, Tavares expressou sua oposição contra o protecionismo. Para ele, as medidas protecionistas prejudicam o comércio de diversos países.
Diante da crise financeira, muitos países adotaram políticas protecionistas. Por exemplo, o pacote de estímulo à economia elaborado pelo governo dos EUA, contém uma cláusula para encorajar a compra de produtos norte-americanos. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também exigiu às empresas francesas que aceitaram a assistência do governo a não investir em outros países. Tavares acredita que essas medidas não contribuem em nada para o alívio da crise financeira.
Segundo Tavares, nesta crise, os países da América Latina também sofreram grandes impactos. Para a solução da crise, não é recomendável se limitar ao protecionismo comercial, mas sim buscar a essência do problema.
Quanto às medidas adotadas pelos países latino-americanos na resposta à crise financeira, Tavares assinalou que diferentemente das economias desenvolvidas, como EUA e Europa, as nações da América Latina devem somar esforços para impulsionar a demanda interna e criar mais empregos.
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