Começou hoje (18) em Bo'ao, na província de Hainan, a conferência anual de 2009 do Fórum Asiático de Bo'ao, cujo tema é " Crise econômica e Ásia: desafio e perspectiva". O premiê chinês, Wen Jiabao, proferiu um discurso na cerimônia de inauguração, pedindo que os países asiáticos reforcem cooperações plenas, se oponham contra protecionismo comercial e assegurem a estabilidade financeira regional, a fim de tornar a Ásia uma força importante na recuperação econômica mundial. Agora, vamos à reportagem de hoje.

Wen proferiu um discurso em que urgiu a necessidade de "aumentar confiança, ampliar cooperação e possibilizar benefício mútuo", que retrata a perspectiva chinesa sobre a conferência anual de Bo'ao. Mais de 1600 representantes governamentais, empresariais, da propriedade intelectual e da imprensa participaram do encontro.

Wen apresentou primeiramente o pacote de estímulo econômico proposto pelo governo chinês para responder à crise financeira e promover desenvolvimento econômico estável. Ele citou novas estatísticas, afirmando que a medida já teve resultados positivos. A situação econômica na China é melhor do que a esperada quando do estouro do trunami econômico. Wen afirmou que o plano não é só uma medida de emergência, mas também uma política de longo prazo para promover desenvolvimento econômico harmônico. Wen disse:

"A potencialidade da economia chinesa vai possibilitar melhorias na qualidade de vida do povo chinês pela criação de oportunidades de investimento comercial em outros países no mundo."

Wen apontou que a crise financeira global ainda está se espalhando, e a situação de desaceleração econômica não mudou. A deterioração das instituições econômicas foi mais grave do que previsto. Por isso, a China está disposta a cooperar com outros países asiáticos para promover a paz e a prosperidade regional. Ele levantou também cinco propostas:

"Primeiro, reforçar cooperações econômicas e comerciais e opor-se firmemente ao protecionismo comercial; segundo, reforçar cooperações financeiras e assegurar a estabilidade financeira da região; terceiro, ampliar investimentos regionais; quarto, promover cooperações "verdes" e desenvolvimento sustentável da economia asiática; e, por último, reforçar coordenações nos assuntos internacionais a fim de promover a paz, a estabilidade e a prosperidade mundial."

As medidas concluem, por exemplo, tomar ações práticas para baixar as barreiras comerciais, evitar novos obstáculos comerciais, estabelecer reserva de divisa regional, promover o mercado de valores na Ásia e reforçar cooperações no aspectos de proteção ao meio ambiente e desenvolvimento nas pesquisas de busca de nova energia e biocombustível.

Wen anunciou que a China decidiu estabelecer um "Fundo de Cooperação da China-Asean" de 10 bilhões de dólares, a fim de apoiar melhorias de infra-estrutura na região.

O premiê enfatizou também que a China é uma participadora e construtora da cooperação na região, e vai persistir inabalavelmente na polícia diplomática amistosa com os países vizinhos. Ele disse:

"Para responder eficazmente à crise financeira, os países asiáticos precisam tratar bem os assuntos internos, mas também reforçar cooperações conjuntas para promover desenvolvimento da região e se tornar uma força importante na recuperação econômica mundial."