O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 6,1% no 1º trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, somando 6,57 trilhões de yuans. Apesar de a taxa de crescimento ser 0,7 ponto percentual abaixo do valor do 4º trimestre de 2008, a diminuição já desacelerou. O porta-voz da Administração de Estatísticas da China, Li Xiaochao, afirmou que a situação da economia chinesa no 1º trimestre do ano é melhor do que expectativa. Agora, vamos à reportagem de hoje.
Influenciada pela crise financeira, a economia chinesa encerrou cinco anos consecutivos de expansão de dois dígitos e sofreu uma desaceleração significativa em seu ritmo de crescimento. Para manter um crescimento estável, a China adotou uma série de medidas a partir de outubro do ano passado, a fim de ampliar a demanda doméstica e impulsionar o desenvolvimento. As políticas incluem o pacote de 4 trilhões de yuans de estímulo à economia e os planos de reajuste das dez principais indústrias.
Li Xiaochao disse que, com a implementação dessas medidas, a economia do país começou a apresentar mudanças positivas:
"Os efeitos das medidas se refletem nos aspectos seguintes. A produção industrial se manteve estável, assim como a agricultura. A área de cultivo de cereais está crescendo há 6 anos consecutivos. O ritmo de expansão de investimento em ativos fixos acelerou. O volume de concessão de créditos bateu recorde trimestral. O índice de confiança empresarial aumentou. A queda do comércio exterior e da renda financeira desacelerou, bem como a do volume de geração de eletricidade. Essas mudanças positivas comprovam os primeiros efeitos do controle macroeconômico e do pacote de estímulo econômico."
Apesar dos sinais otimistas, a China continua diante de uma situação severa, já que a crise financeira ainda não atingiu o fundo, a recessão das economias desenvolvidas se agravou e o crescimento dos países em desenvolvimento desacelerou significativamente. Para o porta-voz, a ampliação da demanda interna é essencial para manter o crescimento nacional.
"A renda líquida da população urbana aumentou 11,2% no 1º trimestre comparando com o mesmo período do ano passado e a renda em dinheiro dos habitantes do campo subiu 8,6%. Além disso, a redução do imposto sobre a compra de automóveis, a promoção das vendas de eletrodomésticos na zona rural, a distribuição de cupons em algumas cidades e a elevação das linhas de pensão e subsídios de garantia mínima de vida vão contribuir para a expansão do consumo."
Quanto ao comentário de que a economia chinesa já começou a dar sinais de reaquecimento, Tan Yaling, conselheira executiva do Instituto Chinês de Relações Econômicas Internacionais, afirmou que a economia da China pode se reativar nos próximos três trimestres através do reajuste estrutural e que a possibilidade de alcançar a meta de por volta de 8% de crescimento vai ser grande.
"A julgar pelo índice de 6,1% do 1º trimestre comparando com o 4º trimestre de 2008, a queda se aliviou. Com o aumento do investimento governamental, os números serão ainda otimistas no futuro. Na perspectiva anual, é preciso reforçar o reajuste estrutural e acho que existe grande possibilidade de concretizar a meta de crescimento de 8%."
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