Começou hoje a 105ª Feira de Artigos de Importação e Exportação da China, também conhecida como Feira de Guangzhou. Importante plataforma comercial e principal canal de exportações chinesas, a feira manteve basicamente a mesma envergadura da edição anterior.
A Feira, que teve início em 1957 e ocorre duas vezes por ano na cidade sulista de Guangzhou, é o maior evento de comércio exterior na China. Desde o ano passado, impactado pela crise financeira internacional, o comércio exterior da China vem encontrando dificuldades.
Para fazer frente aos desafios da crise, a Feira adotou diversas medidas, entre elas, o desenvolvimento da própria potencialidade e reforço da atração de empresários. O porta-voz da Feira, Mu Xinhai, expôs:
"A presente edição da Feira de Guangzhou convidou 800 mil empresários compradores do exterior, além de compradores dos mercados tradicionais da Europa, América Latina e Japão, e ainda procura atrair mais clientes dos mercados emergentes do Oriente Médio, Europa Central, África, Índia e América do Sul".
A Feira organizou 13 missões para atração de investimentos, deslocando-se a 28 países e regiões para fazer promoções variadas. As missões, lideradas por quatro altos funcionários do Ministério do Comércio, organizaram 8 reuniões de promoção comercial em Hong Kong, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Marrocos, Jordânia, Quênia e África do Sul.
Com os esforços conjuntos, a feira reúne mais de 22.100 empresas chinesas e estrangeiras. Mesmo com uma leve redução, o evento mantém uma dimensão estável.
Até março deste ano, o comércio exterior registrou recuo por cinco meses consecutivos, mas a retração desacelerou em março. Um funcionário do Ministério do Comércio considera que, apesar de o comércio exterior mostrar sinais de reaquecimento, as perspectivas continuam preocupantes. Por isso mesmo, o governo chinês e as empresas de comércio exterior depositam grande esperança neste evento.
A China lançou políticas significativas para ampliar a demanda interna. Com isso, o redirecionamento das vendas das empresas de comércio exterior para o mercado doméstico constitui um meio eficaz de superar as atuais dificuldades. A Feira cria uma plataforma de vendas para as empresas participantes, acabando com a restrição a empresas continentais, que vigorou durante muitos anos. Os produtos para a venda no mercado doméstico também serão expostos na Feira. O diretor de Negócios da Feira, Wen Zhongliang disse:
"Vamos reservar um dia durante o segundo e o terceiro períodos da Feira, convidando os maiores shoppings, grandes compradores, supermercados e atacadistas a fazer compras, também disponibilizamos locais para o encontro deles com empresários participantes de feira, a fim de vender seus produtos no mercado doméstico."
Com a redução de encomendas no exterior, muitas empresas de comércio exterior também ampliaram a exploração do mercado doméstico. Song Peng, gerente da seção internacional de um fabricante de equipamentos de alta tecnologia para tratamento de lixo domiciliar e água, afirmou que as empresas afetadas pela crise vão ampliar as vendas domésticas. Ele afirmou:
"Nós também redobramos nossos esforços para ampliação das vendas no mercado doméstico, com aumento de número de vendedores e de pontos de venda, acreditamos que vamos ser capazes de garantir o desenvolvimento constante de nossas empresas."
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