Foi divulgado hoje em Beijing o Livro Azul da Competitividade das Cidades 2009. Hong Kong, Shenzhen e Shanghai são as primeiras três no ranking da competitividade das cidades chinesas.
Compilado por especialistas da parte continental chinesa, Hong Kong, Macau e Taiwan, o Livro Azul tem este ano a sua sétima edição. O organizador do documento e pesquisador da Academia de Ciências Sociais, Ni Pengfei, explicou:
"A competitividade de uma cidade indica a capacidade de fornecer produtos e serviços, dominar e controlar os mercados, criar riqueza sustentável proporcionar qualidade de vida para os habitantes, aproveitando-se dos fatores de ambiente, atração e transformação, em comparação com outras cidades."
Diferentemente das edições anteriores, o Livro Azul deste ano amplia de 200 para 294 o número de cidades estudadas, fazendo análises a partir de 12 itens de competitividade como recursos humanos, capital, ciência e tecnologia, ambiente, cultura e administração pública. Hong Kong, Shenzhen, Shanghai, Beijing e Taipé ficaram nas primeiras cinco posições do ranking.
Segundo o documento, no ano transcorrido, apesar do alastramento da crise financeira, as cidades chinesas mostram a tendência de desenvolvimento rápido, e 95% delas concretizam um ritmo de aumento econômico superior a 10%.
Porém, Ni Pengfei assinalou que o desenvolvimento das cidades chinesas mostra a estrutura de "Leste forte e Oeste fraco", e uma disparidade visível entre as cidades grandes e médias e as pequenas. Ni disse:
"Vemos que já está formada a estrutura de "pirâmide", as cidades maiores monopolizam o pico da competitividade, as cidades pequenas são relativamente fracas, evidenciando a participação das economias de grande porte na competitividade."
Xiao Jincheng, vice-diretor do Instituto de Investigação de Exploração de Terras e Economia Regional da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma, afirmou que, com o avanço da urbanização e integração da estrutura setorial das diversas cidades, futuramente surgirão na China mais agrupamentos de cidades. Xiao Jincheng afirmou:
"Para diminuir os custos, as empresas vão se transferir para as cidades médias e pequenas, porém o segmento de serviços permanece nas cidades-núcleo, as quais vão desempenhar papel orientador no setor de serviços para as médias e pequenas cidades na redondeza."
O Livro Azul ainda faz comparações sobre a competitividade das cidades na esfera internacional. Segundo o documento, em comparação com as cidades mais desenvolvidas do mundo, as cidades chinesas tem visível vantagem em recursos humanos, posição na região e grupos setoriais, porém, carecem obviamente dos talentos de pico e enfrentam grandes pressões nos recursos ambientais e problemas sociais. A competitividade das cidades chinesas, em geral, se encontra na média mundial.
O especialista indica que, atualmente, o índice de urbanização chinesa é de apenas 50%, mantendo visível distância com 80% a 90% registrados nos países desenvolvidos. Xiao considera que, no futuro processo da urbanização, é preciso realizar a urbanização a um menor preço.
Ele disse:
"A China está acelerando o ritmo de seu desenvolvimento, porém, o desenvolvimento das cidades vem ocupando muitas terras. O modelo de desenvolvimento extensivo ainda não foi contido. Futuramente, é preciso construir cidades intensivas. A qualidade e a estrutura determinam a vitalidade de uma cidade e seu papel de pilar para a economia."
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