Hoje (10) à tarde, o premiê chinês Wen Jiabao partiu de Beijing rumo à Tailândia, onde participará de uma série de reuniões com os líderes da Ásia Oriental. Esta é mais uma visita importante dos líderes chineses após a Cúpula do G-20, em Londres. Neste momento chave em que a crise financeira internacional continua espalhando-se por todo o mundo, Wen Jiabao vai discutir com outros líderes como enfrentar a crise e promover o desenvolvimento comum, bem como propor uma série de medidas para promover cooperações regionais.

A convite do primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, o premiê chinês Wen Jiabao vai participar, durante dia 10 e 12, de uma série de reuniões com líderes do Japão, Coréia do Sul e dos países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Nas reuniões, Wen proferirá discursos para esclarecer as opiniões e sustentações sobre como reforçar as cooperações regionais e enfrentar a crise financeira. Mencionando esta visita, o adjunto do ministro das Relações Exteriores da China, Hu Zhengyue, considera uma viagem de confiança e cooperação.

"A participação do premiê Wen nas reuniões com outros líderes da Ásia Oriental é uma importante ação diplomática dos líderes chineses que exercerá influências positivas e profundas em promover cooperações regionais. Com o espírito de aumentar confiança e aprofundar cooperação, a parte chinesa, junto com outros, vai dedicar esforços para que as reuniões obtenham êxitos positivos e pragmáticos, a fim de elevar a confiança de desenvolvimento dos países asiáticos, promover as cooperações da Ásia oriental, salvaguardar os interesses dos países em desenvolvimento, e superar os desafios trazidos pela crise financeira."

Mais de dez anos atrás, durante a crise financeira asiática, os países do continente enfrentaram, de mãos dadas, os desafios. Naquela altura, a China garantiu que a moeda chinesa não fosse desvalorizada, o que ganhou elogios e confianças de toda a Ásia. Atualmente, devido à crise financeira, o crescimento da economia asiática está desacelerando e os países estão enfrentando severos desafios. Por isso, nas reuniões a serem realizadas nos próximos dias, os países da Ásia Oriental estão com mais esperanças para com a China. O pesquisador do Instituto de Pesquisa das Relações Internacionais Contemporâneas da China, Zhang Xuegang, acha que a China tem capacidade de dar confiança aos países asiáticos. Ele disse:

"A China possui agora grande reserva de divisas e mercado de demanda interna, a ordem financeira mantem-se geralmente estável e saudável. Apesar dos impactos à economia real exercidos pela crise financeira, o país terá grande esperança de manter o crescimento econômico em 8% e será provavelmente o primeiro que sairá da crise. Por isso, muitos países, inclusive os da Ásia Oriental, já têm um consenso comum, isto é, a China é uma força importante para manter a estabilidade da economia regional até mundial e a participação da China dará mais confiança para a recuperação da economia asiática."

Ao mesmo tempo, a China também tem esperanças em relação às reuniões de líderes. A parte chinesa espera que, com espírito de enfrentar conjuntamente desafios e promover benefícios comuns, todos os participantes possam aumentar confiança, ampliar consensos, concentrar forças e reforçar cooperações para enfrentar a crise financeira.

Durante as reuniões, a China e a Asean vão assinar um acordo de investimento, o que simboliza o fim das negociações sobre o comércio livre. E essa zona de comércio livre será criada em 2010 como o previsto e beneficiará 1,9 bilhão de pessoas. O pesquisador Zhang Xuegang disse:

"Perante os impactos da crise atual, a assinatura desse acordo com Asean mostra que a China persiste sempre no princípio de benefícios recíprocos e cooperações para ganhos comuns quando promover cooperações com países vizinhos e da Asean. Os chineses não adotarão protecionismo de comércio apesar da crise financeira, ao contrário, promoverão a abertura do mercado nacional para promover o comércio com outros."