Depois da posse de Barack Obama o governo norte-americano manifestou, por diversas vezes, o desejo de realizar diálogo direito com o Irã em torno da questão nuclear e relações bilaterais. A secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, declarou que as negociações com o Irã são um dos compromissos diplomáticos deste governo. Segundo o vice-diretor do departamento para pesquisas de segurança e estratégia do Instituto de Relações Internacionais e Contemporâneas da China, Gao Zugui, isso demonstra que o governo Obama coloca o Irã num lugar mais justo no processo de resolução da questão nuclear iraniana.

"Depois da tomada de posse do presidente Obama, de fato, a política dos EUA ao Irã passou por muitas mudanças óbvias. Em comparação com o governo Bush, as alterações se refletem, principalmente, num aspecto destacado, o que é dá mais importância à solução da questão do Irã por meio político e diplomático. Obama também transmitiu várias informações favoráveis à melhoria dos laços bilaterais durante da campanha eleitoral e depois, como presidente."

O alegado "cinco mais um" significa seis partes da questão nuclear do Irã, os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU e Alemanha. Os seis países vão realizar diversas rodadas de negociações com o Irã em torno da questão nuclear. Sobre isso, Gao Zugui acredita que:

"Conforme a nova proposta formulada pelo governo Obama, agora é tempo adequado para tomar o sistema 'cinco mais um'. Este sistema favorece à solução do problema nuclear iraniano, e também possui alguns efeitos no assunto. Sabemos que, desde a ocorrência da questão nuclear iraniana, o modo inicial de negociações foi realizado entre a UE e o Irã por meio das coordenações da UE e EUA. Depois, a comunidade internacional reconheceu que não é suficiente para resolver o problema só dependente das conversações entre EUA e UE ou entre UE e Irã. Portanto, foi confirmado o sistema 'cinco mais um', o que quer dizer que os cinco países membros permanentes do CS da ONU, entre eles a China e Rússia além do Reino Unido e França da UE, também participam na solução da questão."

Devido à posição forte na premissa de desistir primeiro da ação de enriquecimento de urânio, o Irã só participou de algumas rodadas de negociações, na qualidade de observador, durante o período do governo Bush. Por isso, a solução do problema nuclear do Irã caiu no impasse.

Comparando com o governo anterior, a atitude e medidas nas diversas questões diplomáticas da administração Obama mostram a postura relativamente relaxada e desejo cooperativo mais positivo com a comunidade internacional. Para Gao Zugui, os reajustes de estratégias diplomáticas se refletem que o governo Obama presta mais atenção ao poderio da diplomacia:

"Depois de se tornar o presidente dos EUA, apesar de não ter grandes alterações no quadro geral da estratégia ao exterior ou na meta estratégica, Obama dá mais importância a colocar a diplomacia numa posição central de concretizar ou defender os interesses norte-americanos, e enfatiza uma solução dos problemas por meio diplomáticos. Essa mudança se reflete tanto na questão nuclear da Península Coreana quanto no problema do Irã e do Afeganistão."

A ver com isso, mesmo que os EUA demonstrem sinais no reajuste de política sobre a questão nuclear iraniana, ambas as partes ainda precisam fazer maiores esforços para promover os progressos essenciais do problema.