A Administração Geral de Imprensa e Publicações da China divulgou, recentemente, um documento afirmando a necessidade de levar adiante a reforma do sistema de imprensa e publicações do país. Em entrevista à CRI, o subdiretor da entidade, Jiang Jianguo, disse que a reforma visa criar um sistema de gestão empresarial moderna nas instituições administrativas e conferir-lhes a autonomia com o fim de elevar sua competitividade.
O setor de publicações da China, incluindo a indústria correlativa, tem sido uma área com abertura insatisfatória. Antes dos anos 1980, era considerado parte importante da área ideológica do país, quando as editoras de jornais, publicações e revista e até as tipografias eram consideradas instituições estatais. Em 1992, o governo chinês promulgou a Lei dos Direitos Autorais e aderiu a várias convenções internacionais sobre os direitos de propriedade intelectual. A partir de então, o setor nacional de publicações começou a tentar convergir para as práticas internacionais, mas estas ainda não se tornaram o corpo principal do mercado no seu verdadeiro sentido, com os recursos dispersos, estruturas repetitivas e protecionismo regional.
Em 2003, a China começou a ensaiar a reforma do setor, determinando 21 instituições piloto para os trabalhos experimentais. Depois de vários anos, foram alcançados os objetivos previstos e a reforma está sendo estendida para todo o setor. O subdiretor Jiang Jianguo apresentou as prioridades da reforma: "A nossa reforma tem como objetivo implantar um sistema de gestão empresarial moderna nas instituições, transformando-as em empresas que atuam como o corpo principal do mercado, com maior autonomia e competitividade.
A China já reestruturou 25 corporações de publicações, mais de 260 editoras e mais de mil jornais e revistas, que funcionam como novos atores do mercado. Mais de 30 sistemas provinciais da Livraria Xinhua concluíram a transição de órgão administrativo para empresas. A rede de circulação das publicações administrada por iniciativas não estatais cobre mais de 100 mil postos e as empresas distribuidoras e tipográficas, de joint venture, cooperação ou investimento estrangeiro totalizam mais de 2500. Através da reforma, onze empresas de publicações, distribuição e imprensa estão cotadas nas bolsas de valores, atraindo um financiamento líquido de mais de 24 bilhões de yuans.
Segundo as recém divulgadas Diretrizes para o Fortalecimento da Reforma do Sistema de Imprensa e Publicações, nos próximos dois anos, as editoras de publicações, produtos audiovisuais e publicações eletrônicas pertencentes aos governos regionais, escolas superiores e autoridades centrais devem adotar o sistema de gestão empresarial, enquanto as entidades de imprensa e publicações que têm concluído o mesmo processo devem aprofundar sua reforma do sistema de direitos, aperfeiçoar sua gestão empresarial moderna e avançar ao mercado como força principal.
A Universidade Renmin tem uma das mais famosas editoras dentre as instituições de ensino superior na China. O editor-chefe, Zhou Weihua, disse: "As Diretrizes estabeleceram um cronograma, o que evidencia a premência da reforma do sistema cultural de nosso país. Na realidade, as editoras das escolas superiores, ao serem criadas, voltam-se ao mercado. Através da reforma, terão maior dinamismo e maior iniciativa em busca de seu desenvolvimento."
De acordo com o roteiro da reforma, o governo chinês estimula e apoia a reestruturação dos dispersos recursos de imprensa e publicações em corporações de publicações e mídia; apóia a participação dos capitais sociais, especialmente as grandes empresas estatais, na reforma do sistema acionário das empresas de publicações e mídia; apoia a entrada das empresas com condições maduras, especialmente as transregionais, nas bolsas de valores, e estimula as empresas competitivas a avançarem ao mercado internacional.
Jiang Jianguo afirmou: "Queríamos criar, através da reorganização, seis ou sete grandes corporações de primeira categoria no país e com renome internacional, que possuam mais de 10 bilhões de ativos e o valor de venda supere também a casa de 10 bilhões de yuans, além de possuir a competitividade para criar jornais, revistas, editoras de publicações e tipografia no exterior."
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