A China publicou dias atrás o novo programa nacional de reforma do sistema de saúde. Numa coletiva de imprensa realizada hoje (8) em Beijing, Capital chinesa, autoridades do Ministério de Saúde e da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, a máxima planejadora econômica do país, explicaram o plano, dizendo que a presente reforma visa estabelecer um sistema básico de saúde que cobre todo o território nacional e beneficia toda a população chinesa. Ouça a reportagem sobre o tema.
Segundo o vice-ministro de Saúde, Zhang Mao, o novo programa será lançado como um produto público. Com os investimentos cada vez maiores do governo neste aspecto, os gastos em consulta mécida serão diminuídas, resolvendo em certo grau as dificuldades da população em consulta médica
" O novo sistema básico de saude publicado como um produto voltado ao público, que beneficiará toda a população, constitui uma mudança significativa da causa de saúde pública do país. A meta de prazo curto (até 2011) é facilitar o acesso de todos os habitantes aos serviços básicos médicos e reduzir os gastos da população na consulta médica e no pagamento em compra de medicamentos. No longo prazo, pretendemos criar, até 2020, um sistema de saúde que cobre todo o país".
Ainda de acordo com Zhang Mao, o governo deve oferecer aos habitantes o acesso gratuito aos serviços públicos básicos, inclusive a prevenção e o controle de doenças, proteção de saúde das mulheres e crianças, educação de saúde, entre outros. O intuito é diminuir o chance de a população pegar doenças no cotidiano e facilitar sua consulta médica.
Os atuais dois sistemas de seguridade médica, que têm como alvo trabalhadores e habitantes respectivamente, cobrem 300 milhões de pessoas das zonas urbanas e 800 milhões de camponeses. Apesar disso, parte de estudantes, desempregados e trabalhadores migrantes não tâm acesso aos dois sistemas. Segundo o vice-ministro de Recursos Humanos e Previdência Social, Hu Xiaoyi, o aperfeiçoamento dos atuais sistemas de saúde faz uma importante parte do programa de reforma.
"A reforma visa em primeiro expandir a população que beneficia do sistema médico. Ainda existem neste país mais de 200 milhões de pessoas que não têm acesso à seguridade médica. Nossa tarefa prioritária nos próximos três anos reside na garantia desse acesso a toda a população. Além disso, o país vai elevar o nível de reembolso das despesas médicas e o investimento total destinado ao setor, além de incrementar os subsídios ao setor".
Segundo cálculos preliminares, o país deve destinar, nos próximos três anos, 850 bilhões de yuans para garantir o bom andamento da reforma do sistema de saúde. O vice-ministro das Finanças, Wang Jun, revelou que o governo central se responsabilizará pelo 40% do investimento, e o resto do montante é da conta dos governos locais. O Centro e o Oeste, regiões economicamente subdesenvolvidas, devem absorver a maior parte do investimento liberado pelo governo central.
"Os 850 bilhões de yuans serão destinados ao estabelecimento dos sistemas básicos de consulta médica, remédios, serviços médicos, saúde pública, bem como um plano da reforma dos hospitais públicos".
Para garantir a transparência do processo de gestão e a chegada oportuna da verba, as autoridades do setor de supervisão devem acompanhar atentamente a execução do plano.
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