O representante permanente da China na ONU Zhang Yesui afirmou ontem em Nova Iorque, sede da ONU, que a China considera que o Conselho de Segurança (CS) da ONU deve reagir de uma maneira "prudente e apropriada" em relação à questão de lançamento de satélite por parte da República Popular Democrática da Coréia (RPDC). E a parte chinesa vai participar das deliberações do CS da ONU sobre a questão com uma atitude "séria, construtiva e responsável".

Segundo a agência estatal da RPDC Korea Central News Agency(KCNA), a RPDC lançou com sucesso, no mesmo dia pela manhã às 11:30, o satélite de comunicações, Kwangmyongsong-2. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, divulgou de imediato uma declaração através de seu porta-voz, lamentando a ação da RPDC e exortando a RPDC a observar a resolução concernente do CS da ONU. No mesmo dia por volta das 15:15, a pedido da missão permanente do Japão perante a ONU, o CS convocou uma reunião de emergência para discutir o problema de lançamento de satélite por RPDC.

O embaixador chinês na ONU Zhang Yesui afirmou ao final da reunião que a China espera que as partes envolvidas mantenham-se contidas para evitar a escalada da situação. Ele disse:

"Notámos que a RPDC tinha anunciado o lançamento de um satélite de comunicações, notámos também a preocupação de país concernente sobre o assunto. Esperamos que as partes envolvidas mantenham-se contidas para evitar ações que agravem a situação."

Zhang considera que o CS deve reagir prudente e apropriadamente diante do lançamento de satélite por RPDC, o que corresponde não apenas aos interesses dos países da região, mas também aos interesses comuns da comunidade internacional. Ele afirmou:

"Consideramos que a manutenção da paz e estabilidade da Península Coreana e da região do Nordeste Asiático, bem como o impulsionamento do processo das negociações do sexteto, não só correspondem aos interesses dos países da região, mas também aos interesses comuns da Comunidade Internacional. Por isso, o CS deve reagir de uma maneira prudente e apropriada."

A representante norte-americana na ONU Susan Rice enfatizou que a ação da RPDC violou gravemente a respectiva resolução da ONU e esperou que o CS reaja gravemente perante o caso.

A reunião a portas fechadas durou cerca de três horas. Os representantes dos países membros do CS expressaram suas respectivas posturas, mas não chegaram a uma resolução final nem uma declaração. Claude Heller, representante permanente do México, país que assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, assinalou que o CS vai continuar realizando discussões sobre o problema nos próximos dias. Ele disse:

"Os países membros do CS da ONU concordaram em continuar discussões sobre o problema, a fim de encontrar uma solução adequada tomando ao mesmo tempo em consideração a urgência da situação e a responsabilidade e deveres dos diversos países membros."