Encerrou-se ontem (2) em Londres, capital britânica, a 2ª Cúpula Financeira do G20. Os líderes participantes chegaram a consenso sobre medidas de resposta à crise financeira global como o financiamento para as instituições financeiras internacionais e o reforço da supervisão financeira. O presidente chinês Hu Jintao salientou em discurso proferido na Cúpula a necessidade de fortalecer a cooperação para recuperar o crescimento econômico e se opor firmemente ao protecionismo comercial. Ouça a reportagem da Rádio Internacional da China.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou na coletiva à imprensa realizada após o evento que os líderes participantes chegaram à unanimidade sobre a resposta conjunta à crise financeira global, sobretudo na retomada do crescimento econômico e do emprego e na recuperação da confiança popular no sistema financeiro. Ele disse:
"Cremos que, no novo século, a prosperidade não deve ser dividida. A solução da crise global depende do esforço de todo o mundo. O desenvolvimento sustentável também deve ser mundial. O comércio tem de voltar a servir como motor do crescimento econômico."
Num discurso proferido na Cúpula, o presidente chinês Hu Jintao sublinhou o fortalecimento da supervisão financeira e a aceleração da reforma do sistema monetário internacional. Segundo ele, é preciso acelerar a elaboração de um padrão e de critérios de supervisão financeira internacional aceitável por todas as partes, reforçar a ajuda das instituições financeiras internacionais aos países em desenvolvimento, reforçar a supervisão econômica do Fundo Monetário Internacional (FMI) a todas as partes, melhorar a estrutura de trabalho do FMI e do Banco Mundial, aumentar a representatividade dos países em desenvolvimento e aperfeiçoar o sistema monetário internacional.
Hu anunciou no discurso que a China apoia o aumento do investimento no FMI, contanto que os fundos sejam usados prioritariamente nos países menos desenvolvidos. O presidente chinês ainda destacou no discurso a oposição contra qualquer tipo de protecionismo comercial e a defesa do ambiente de investimento e comércio livre e aberto.
Na coletiva à imprensa realizada após o evento, o ministro chinês do Comércio, Chen Deming, reiterou a posição chinesa contra o protecionismo comercial. Ele afirmou:
"A Cúpula do G20 obteve uma série de resultados pragmáticos e positivos para a resposta à crise financeira global. Os resultados referem-se à estabilidade do mercado financeiro, aceleração da reforma do sistema financeiro, rejeição ao protecionismo comercial e promoção da rodada de Doha. A história já provou que o protecionismo agravará a crise financeira. Por isso, quanto mais profunda for a crise, mais urgente será a prevenção ao protecionismo comercial."
A declaração publicada pela Cúpula do G20 disse que os líderes participantes concordaram em reforçar ainda mais a cooperação na supervisão financeira internacional. Brown afirmou aos correspondentes:
"É a primeira vez que adotamos medidas simultâneas, criando um regulamento para a reforma do sistema bancário mundial. Concordamos também em criar o padrão de contabilidade internacional e reformar as instituições de avaliação de crédito, para evitar o conflito de interesses."
Na Cúpula de Londres, o presidente chinês Hu Jintao afirmou que a China, como membro responsável da comunidade internacional, sempre participa da cooperação para responder à crise financeira global, mostrando uma atitude firme de persistência da abertura exterior e na retomada do crescimento econômico mundial. A China vai continuar fortalecendo a coordenação de políticas econômicas junto com outros países, promovendo a reforma do sistema financeiro e defendendo a estabilidade do mecanismo de comércio multilateral, dando contribuições para a retomada do crescimento da economia mundial.
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