O presidente chinês, Hu Jintao, chegou ontem (1) em vôo especial a Londres, onde participará da 2ª Cúpula Financeira do G20, a ser realizada hoje. Logo depois de chegar à capital britânica, Hu Jintao reuniu-se com o presidente norte-americano, Barack Obama. No encontro, os líderes dos dois países concordaram em se esforçar juntos para desenvolver as relações de cooperação positiva e plena entre China e EUA no século 21. Ouça agora a reportagem sobre isso.
A reunião entre Hu Jintao e Obama na tarde de ontem foi o encontro de líderes que mais despertou atenção antes da cúpula.
Na ocasião, Hu Jintao elogiou os progressos das relações sino-americanas desde a posse de Obama. Ele declarou que, na atualidade, os laços entre China e EUA estão num novo começo, diante de oportunidades importantes de desenvolvimento. Os dois países devem somar esforços para desenvolver as relações de cooperação plena. Segundo Hu Jintao, apesar das diferenças de sistema social, contexto histórico, tradição cultural e fase de desenvolvimento, os dois países devem tratar-se com uma atitude positiva e impulsionar o diálogo e as cooperações em diversas áreas por meio de ações concretas. Além de concretizar colaborações de benefício mútuo e desenvolvimento comum, os dois países também devem aprofundar constantemente intercâmbios e cooperações nos setores de economia, combate ao terrorismo, não-proliferação nuclear, estado de direito, energia e mudanças climáticas, promover contatos militares e intensificar coordenações nas questões globais e nos assuntos internacionais e regionais, a fim de enriquecer a conotação estratégica dos laços bilaterais.
Obama elogiou a atuação importante da China no mundo atual e enfatizou a importância do reforço das relações sino-americanas. Obama declarou que os laços entre China e EUA são uma das relações bilaterais mais necessárias no mundo. Os dois países possuem tanto contatos econômicos estreitos, quanto vários interesses comuns nas grandes questões internacionais e regionais.
"As relações entre China e EUA estão se tornando muito construtivas. Já declarei publicamente a minha convicção de que os laços sino-americanos não apenas têm uma grande importância aos povos dos dois países, como também criarão condições mundiais favoráveis em resposta aos diversos desafios."
Segundo Obama, os laços entre China e EUA serão mais estáveis no futuro. Hu Jintao concordou e assinalou que a China quer impulsionar junto com os EUA os avanços constantes das relações bilaterais.
"A garantia de boas relações entre China e EUA corresponde ao interesse essencial dos povos dos dois países e também é favorável à paz, estabilidade e prosperidade da região Ásia-Pacífico. A China quer promover junto com os EUA o maior desenvolvimento dos laços entre os dois países. Também desejo estabelecer boa relação de trabalho e amizade pessoal com o presidente Obama."
No encontro, os dois líderes concordaram em criar um sistema de Diálogo Estratégico e Econômico China-EUA e decidiram realizar a primeira rodada de diálogo em Washington no verão deste ano. Obama também apresentou à imprensa os dois altos funcionários encarregados da missão.
Além disso, os dois líderes também alcançaram consensos no sentido de aprofundar ainda mais colaborações de benefício mútuo em diversas áreas, fortalecer diálogo e cooperações pragmáticas nos setores de energia, ambiente e de mudanças climáticas, ampliar as consultas sobre prevenção de proliferação e outros problemas de segurança, assim como retomar o quanto antes o diálogo de direito humano. As duas partes também prometeram dedicar-se à evolução das relações militares e impulsionar a melhora contínua no setor.
Obama assinalou que o governo norte-americano persiste firmemente na política de uma só China e nos três Comunicados Conjuntos Sino-americanos. Os EUA saúdam e apoiam melhora das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan. O Tibete é uma parte inseparável do território chinês e os EUA não apoiam a independência tibetana.
Os dois líderes também concordaram em promover em conjunto a solução adequada da questão nuclear da Península Coreana e do Irã, assistência humanitária do Sudão e o alívio da tensão na Ásia Meridional.
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