 Foi realizado hoje em Beijing um seminário alusivo ao 50º aniversário da emancipação de milhões de servos tibetanos. O membro permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (CCPCCh) e presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh) Jia Qinglin participou do evento e proferiu um discurso.
No 28 de março de 1959, o governo central anunciou a dissolução do então governo regional do Tibete, dando início ao movimento de libertação dos escravos e servos, abrindo também uma nova página da história da região.
Jia Qinglin indicou que o fim da servidão feudal sob regime teocrático do velho Tibete foi uma transformação social mais ampla, mais profunda e maior, abrindo uma nova era na história do Tibete; essa foi uma grande contribuição do povo chinês para a causa de direitos humanos do mundo, dando início ao caminho de desenvolvimento democrático e político da região; foi um grande marco no movimento internacional para a abolição de escravidão, promovendo a civilização e o progresso da Humanidade.
Jia Qinglin enfatizou que o desenvolvimento socioeconômico do Tibete se encontra hoje num novo ponto de partida.
Ele disse:
"É necessário dedicar o máximo esforço para produzir um salto no desenvolvimento econômico do Tibete, garantir e melhorar as condições de vida da população, preservar de maneira firme a harmonia e a estabilidade social, bem como aplicar integralmente as políticas religiosa e étnica do PCCh."
No ano passado, o valor total de produção do Tibete foi de cerca de 39,6 bilhões de yuans, 65 vezes maior em relação a 1959. A renda per capita dos agricultores e pastores atingiu 3710 yuans, mantendo um aumento de dois dígitos por 6 anos consecutivos. A expectativa de vida aumentou de 36 anos, 50 anos atrás, para 67 anos na atualidade. No velho Tibete, não existia uma só escola propriamente dita, porém, hoje em dia, o Tibete não só concretizou a popularização da educação, como também foi o primeiro a adotar a educação obrigatória gratuita nas cidades e no campo.

O idoso tibetano Yeshe Lodro, de 73 anos, deu seu depoimento sobre como a sua vida melhorou. Ele afirmou:
"Nasci, 73 anos atrás em Lhasa, numa família de servos. Testemunhei com meus próprios olhos as grandes transformações na ampla zona rural do Tibete e em Lhasa verificadas durante os 50 anos desde a reforma democrática. Hoje, não nos preocupamos mais com alimentação, agasalho e abrigo. E temos acesso à assistência médica e à educação para os filhos."
O líder religioso do budismo tibetano, o 11º Panchen Lama, Bainqen Erdini Qoigyijabu, afirmou:
"A reforma democrática erradicou a servidão feudal sob regime teocrático, dando o início a uma nova era em que os trabalhadores tibetanos se tornaram donos de suas casas e tomaram nas mãos seus próprios destinos. O Tibete começou a entrar no processo de desenvolvimento da sociedade moderna."
Jia Qinglin continuou:
"Quaisquer que sejam os disfarces ou os sofismas, qualquer que seja a incitação da camarilha do Dalai Lama, não é possível negar o fato objetivo de que o Tibete é, desde a antiguidade, uma parte inseparável da China, nem os grandes êxitos alcançados nos 50 anos desde a reforma democrática do Tibete, também não é possível abalar a firme determinação de todo o povo chinês, inclusive os compatriotas tibetanos, de salvaguardar unidade do Estado, nem é possível impedir os firmes passos do Tibete no avanço rumo à prosperidade, ao desenvolvimento e ao progresso dentro da grande família da Pátria."
A segunda reunião da 9ª Assembléia Popular Regional do Tibete declarou a data de 28 de março como "Dia da emancipação de milhões de servos e escravos do Tibete".
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