O rio Yarlung Zangbo, que tem sua origem no Himalaia, a mais alta cadeia montanhosa do mundo, atravessa a metade da Região Autônoma da Etnia Tibetana do Oeste ao Leste, sendo considerado como "rio mãe" do Tibete. Afetada pelos fatores geográficos e climáticos, bem como o aumento das atividades humanas, uma parte das regiões da bacia de Yarlung Zanbo sofreu uma grave desertificação. Seu ambiente ecológico se tornou extremamente fraco. Nos últimos dez anos, as autoridades locais vêm reforçando o reflorestamento, plantando às margens do Yarlung Zangbo uma faixa de arborização de 30 mil hectares. Ouça agora a reportagem sobre o tema.
Todos os anos, entre janeiro e março, os tibetanos da região Shannan começam a plantar árvores às margens do Yarlung Zangbo, a fim de combater ventos e areia. Shannan, localizada no curso médio do Yarlung Zanbo, é uma das regiões mais afetadas pela desertificação.
O repórter da CRI encontrou no local um grupo de tibetanos da aldeia Menggarong. O chefe, Jampa, disse que os aldeãos vêm todos os anos plantar árvores.
"Os aldeãos mantêm um grande entusiasmo. O país elevou neste ano o subsídio para a plantação. Por exemplo, ganhamos 1,5 yuan por cada cavidade. Muito além disso, as árvores são nossa responsabilidade".
O governo da Região Autônoma do Tibete destina, anualmente, dezenas de milhões de yuans na arborização às margens do Yarlung Zanbo. Segundo a estipulação do governo local, as árvores são de responsabilidade de quem as planta. O diretor do Departamento de Silvicultura, Sonam Dorje, apresentou:
"A população local é muito beneficiada pela política de reflorestamento. O país anunciou o aumento de subsídios, o que aumentou o entusiasmo dos habitantes locais".
Com uma década de esforços, está formada no curso médio do Yarlung Zanbo uma "faixa verde" que se estende por 160 quilômetros, cuja área atinge 30 mil hectares. Até 2015, a desertificação da região deve ser contida.
De fato, a situação já começa a mudar. Antes, os aviões no aeroporto Gongkar só podiam pousar e deslocar de manhã, devido às tempestades de areia. Agora, o serviço no aeroporto é prestado durante todo o dia. Kunga, natural de Shannan, contou a mudança ocorrida perto da aldeia onde vive.
"Quando era pequena, a situação era muito crítica. Acordava de manhã e via muita areia na casa. Agora a situação melhorou muito".
O reflorestamento, não apenas diminuiu o número de tempestades, mas também impulsionou a economia local. Penkyi é gerente de uma base de cultivo de sementes. As plantas cultivadas na sua base são tão procuradas que ele planeja ampliar neste ano sua instalação.
"A demanda é tão grande que planejo arar uma nova terra para plantar árvores de frutas".
O caso de Shannan reflete uma pequena parte da proteção ambiental no Tibete. No dia 18 de Fevereiro, o Conselho de Estado chinês aprovou o Programação para a Proteção e Construção da Segurança do Ambiente Ecológico do Tibete. O diretor da Administração da Proteção do Meio Ambiente do Tibete, Zhang Yongze, disse:
"Durante o décimo Programa Quinquenal, o investimento do país na proteção do ambiente do Tibete atingiu 3,21 bilhões de yuans. Entre 2006 e 2008, os primeiros três anos do 11º Plano Quinquenal, o montante já chegou aos 3,25 bilhões de yuans".
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